CBGB's & OMFUG

315 Bowery, Lower East Side, NY 10003

O CBGB's é um club musical localizado no bairro de Manhattan em New York.
O nome completo é CBGB's & OMFUG que significa: "Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers".

O lugar tornou-se muito conhecido como o berço do punk 77 e está marcado na historia de bandas e pessoas como: Television, Richard Hell, Johnny Thunders & The Heartbrakes, The Ramones, Blondie, Elvis Costello, The Dead Boys, The Misfits e todos personagens importantes para a música dos anos 70 e 80 nos Estados Unidos. Onde foi palco de muitas historias envolvendo não só bandas americanas, mas também britânicas, como o Sex Pistols, dentro outras bandas mundo a fora.

Sem nada o que fazer durante o final de semana, com a casa vazia e sem nenhuma distração mais interessante, ele não pensou duas vezes e se mandou para o CBGB’S, nada que o berço do punk não resolvesse! O desastre com as notas seriam uma preocupação somente em duas semanas, quando seus pais voltassem pra casa, agora o que realmente importava era perder a cabeça, e nisso ele era acima da média.

Assim que chegou já foi tratando de tomar umas três pílulas de êxtase e descolar alguma coisa forte pra beber, no geral nada de muito novo, as mesmas caras de sempre e o mesmo som underground de costume, com sorte antes de a noite acabar ainda dava uma palinha, como nos velhos tempos, e por falar neles quem sabe esbarrava em algum maluco conhecido?

A noite para Anton tinha acabado, mas para Chuck, estaria apenas começando,.. Anton, seu amiguinho nerd, se divertiu como nunca, bebeu até aonde achou que era tolerável, dançou feito um geek, porem, conseguiu arrumar uma companhia feminina para o resto da noite. Já que sabia o que iria acontecer com Anton, Chuck reservou uma suíte no Hotel Plaza especialmente para o nerd, e quando a festinha deles na boate chegou ao fim, Chuck acompanha Anton e sua acompanhante até um taxi que os levou para o hotel. Chuck que não estava totalmente alcoolizado, viu as horas eu decidiu que ainda poderia tirar mais proveito daquela noite. Podia já ser tarde para algumas pessoas, mas não para ele. Sua mente pensou em mil possibilidades de diversão, e uma dessas lhe pareceu mais atraente, principalmente por trazer mais lembranças do passado, o deixando nostálgico e excitador por fazer algo que não faz a muito tempo. A rua ainda estava movimentada, mas um taxi vazia não tardou a chegar, e o rapaz logo tratou de dar sinal, entrando nele assim que o mesmo parou.
-Segue para Lower East Side por favor.. - deu com educação o destino para onde iria ao motorista que partiu no imediato.

O tempo passou num piscar de olhos para Chuck, talvez ele tenha dormido no não tão longo trajeto, mas ao abrir de olhos, ele já estava no bairro, e o motorista lhe pergunta aonde ele iria ficar, e o rapaz lhe diz com rapidez que ali estava bom. Assim que o taxi para, a corrida é paga, e Chuck desce do veiculo, o vendo descer a rua e sumir ao dobrar uma esquina.
O Rapaz ali ficou parado por alguns minutos..o vento frio da noite de inverno sobrou cortante pelo seu rosto, e ele se viu desejoso por um cigarro para lhe aquecer por dentro, mas havia esquecido seus cigarrinhos em casa, mas tudo bem, para onde ele iria ele com certeza poderia filar um.
Sem mais delongas, Chuck começa a caminhar pelas ruas um tanto vazias do bairro..ele conhecia o trajeto para o local para aonde iria, vivera ali a menos de 3 anos atrás, justo na época em que ele se afundou no mundo das drogas.
Será que esse desejo de voltar a esse lugar não irá trazer consigo os vícios dele? Não...ele não cometeria o erro de voltar para esse submundo, não era burro o bastante de deixar se entregar de novo as viciosas substancias tóxicas...ele só anseia por uma marijuana inofensiva, e se satisfará só com ela...ou ao menos tentará. Se bem que dizem que..“Once a junkie, always a junkie” ... quem dizia isso? Pouco importava...
Chuck olha para frente e vê o conhecido toldo branco, logo adentrou, e lá estava ele, no famoso berço do punk...CBGB’S, sua segunda casa. O som característico era o mesmo, que saudade daquele som perturbador...
Algumas figuras que trabalhavam no lugar, ainda eram as mesmas de 3 anos atrás..alguns o reconheceram e o cumprimentaram. Enquanto caminhava até o bar do local, Chuck vagou com os olhos o ambiente, a procura de alguém, talvez?...parece que sim, e teve sorte...
Seus olhos não demoraram a avistar uma certa cabeleira loira desarrumada bem familiar sentada no bar...
Seria ele?? Agora sim essa noite vai ser boa... - pensou ele enquanto se aproximava do balcão do bar e se sentaando ao lado da pessoa, e em seguida soltando seu jargão favorito após uma pigarreada...

-I Love this town...

[não sei se tá legal...o sono ta fogo...talvez edite depois. ]

Apesar de todo esse papo de "Big Apple" jamais subestime encontros não premeditados, de certo são mais freqüentes do que se poderia imaginar, e eles costumam não decepcionar.

Sentado ao bar curtindo os efeitos tão íntimos que só o punk e algumas doses de álcool misturado poderiam proporcionar, ele se viu a frente de um figura que fazia "rock'n roll all night and party every day" parecer coisa de amador.

- Mas olhem só o que Manhattan nos trouxe! Chuck Byron, agora sim a noite começou. . .

Reabasteceu seu copo pela milésima vez aquela noite, e arrematou.

- Curtindo uma fase caseira Chuck? Isso não faz muito o seu estilo.

Se tinha um lugar aonde Chuck encontraria um velho amigo como Vincent Cartie, era no CBGB’s. Era mais provável encontra-lo ali do que na escola em que ambos ‘estudam’...

-Vince my man! Long time no see! – cumprimenta o rapaz com dois tapinhas camaradas no ombro dele – I hear you were back in town! já tava na hora do nosso reencontro acontecer não acha?! – Chuck ri vira para o bartender – Hey yo, bring me some...absinto! pra começar com tudo! – diz ele sorrindo de lado para Vincent.

- Curtindo uma fase caseira Chuck? Isso não faz muito o seu estilo. - disse Vince apos reabastecer o copo e o entornar.

Chuck entorna tambem seu pequeno copo de absinto de uma vez só, e após a careta que ele fez quando o drink desceu queimando por dentro, os efeitos do liquido verde brilhante começavam a aparecer logo em seguida. Chuck já bebera naquela noite, e agora com esse drink pesado, as coisas iam sair do controle, o que era exatamente que ele queria.
O corpo começava a ficar mole, como se tivesse sido anestesiado, e via as coisas como se estivesse em slow motion e com um brilho extra..e lá vinham os efeitos alucinógenos da bebida denominada de "fada verde".

-Oh man..se você acha que beber absinto num lugar como esse, a essa hora é curtir uma fase caseira...boy, o que seria curtir uma verdadeira noite sem controle pra você? – Chuck ri descontroladamente e continua – Estou só disfarçando as coisas para os velhos e o pessoal da escola. Sabe como é, é difícil abandonar um estilo de vida. - ele vira para o bartender e pede o mesmo que Vincent bebia - Daí o melhor jeito foi criar um tipo de dupla personalidade. Mas quando os folks tão fora da cidade, não há regras e limites para mim man! - a bebida chega até sua mão e na de Vince - Cheers! - brinda ele junto com o amigo e os dois viram ao mesmo tempo - Arghh! that's strong too! - comentou ele quando sentia a bebida descer - So what about you man? Ouvi rumores de que seus pais tinha te colocado numa clinica,...yeah, life is tough for a rising Rockstar.

Enquanto esperava Vince entornar outro copo de sua bebida antes de responde-lo, Chuck desviava sua atenção para um cara com pinta de motoqueiro tiozão que passara fumando, e ele se lembrara que a pouco queria fumar, e então volta sua atenção a Vincent se aproximando dele para falar baixo – hey, do you have any weed or something like that? Eu sai de casa sem, e tou muito afim, you know what a mean...

Chuck perdera sua consciência anos atrás, e era só uma questão de tempo para que seu vicio voltasse a falar mais alto dentro de sua perturbada cabeça...talvez dessa vez nao tenha tanta sorte de sobreviver se cair no fundo do poço novamente, a nao ser que, ao seu lado, ele tenha uma boa pessoa, forte o bastante para salva-lo de uma vez por todas dessa escuridão..

- ta me achando com cara de fornecedor? - disse em tom de brincadeira.

Sem muita cerimônia ele tirou do bolso um cigarrinho e passou para o amigo, para ele, não ter um baseado na mão era como sair de casa sem o dinheiro para o táxi, e chuck sabia disso.

- Ouvi rumores de que seus pais tinham te colocado numa clinica. . .

- Três longos meses trancafiado em uma clínica monocromática em Chicago, os calmantes regulares até que valiam a pena, três vezes ao dia, e eu esquecia de todo o resto; ainda carrego alguns comigo, esses comprimidinhos sempre valem a pena.

Ele ficou reparando no copo em sua mão por um tempo, admirando a cor avermelhada de sua bebida, deu um último gole e se levantou determinado em direção a porta.

- A gente se esbarra por aí dude, hoje a minha cama dorme vazia e aposto que você tem outros planos, a gente se esbarra. . . Central Park, qualquer dia desses. Vamos fumar umas como nos velhos tempos!

Cumprimentou o amigo com entusiasmo e saiu deixando para trás apenas um copo vazio e alguns guardanapos dilacerados.

Depois da piadinha sem graça do Vincent, Chuck já podia respirar tranquilamente, ele sabia que seu amiguinho sempre saia de casa com suas companheiras, as inseparáveis substancias proibidas.
Ele pegou o baseado da mão do Vince, e usou o isqueiro do amigo para acender e tragar o fumaça da substancia que tanto anciava.

- Três longos meses trancafiado em uma clínica monocromática em Chicago, os calmantes regulares até que valiam a pena, três vezes ao dia, e eu esquecia de todo o resto; ainda carrego alguns comigo, esses comprimidinhos sempre valem a pena.

-Well, você teve sorte bro... alem de ter ficado só 3 meses, ainda estava com seus amiguinhos comprimidos. – ri Chuck dando uma profunda tragada no baseado, prendendo a fumaça por uns segundos, soltando-a pra cima em seguida e continua – meus pais, se é que posso chama-los disso, me largaram por 2 anos preso numa tipo de clinica e reformatório...mas que se dane isso. Não vou mais vacilar na frente deles. Aprendi uma lição ao menos. – termina sorrindo de lado e continua a fumar o baseado que já diminuía de tamanho. Nesse momento o celular de Chuck avisa a chegada de uma mensagem. Ele segura o baseado entre os lábios sem apertar demais, e usa as duas mãos para tirar o celular do bolsa do jeans. Quando consegue, abre ele e lê a sms mesmo com a visão um pouco embaçada:

- Chuck, quer fazer alguma coisa hoje? O que você quiser. Kisses, Samantha.

Era o que ele precisava para tornar a noite ainda melhor...nao só mataria saudade de Sam, mas como poderia conseguir uma noite louca com ela....isso se conseguir se manter acordado ou vivo por mais tempo.

- what’s up? - pergunta Vince ao ver Chuck com o celular

-Ah, a better offer...you know, chick thing... – ele traga o baseado e o segura na mão, deixando os lábios livres para dar mais um de seus sorrisos de canto – but you can come with...podemos zoar por aí um pouco...it would be fun! - disse Chuck com empolgação

Vince pareceu distraído naquele momento, talvez por efeito de algo que tomou mais cedo, o que era bem provável..ele não demorou muito e virou seu ultimo gole de sua bebida, e se levantou se preparando para sair.

- A gente se esbarra por aí dude, hoje a minha cama dorme vazia e aposto que você tem outros planos, a gente se esbarra. . . Central Park, qualquer dia desses. Vamos fumar umas como nos velhos tempos!

Chuck sentiu que Vince queria deixa-lo curtir a noite sozinho..talvez se o amigo o acompanhasse não fosse ser legal, e acabar que ele não daria muita atenção ou ao Vince ou a Sam..melhor assim.

-ok then. See man. – eles dão um abraço de parceiro e Chuck ainda diz - Take care man.

Vince deu as costas e saiu. Chuck ainda ficou ali no bar, procurando pelo numero do celular de Sam para liga-la e saber aonde ela estava para se encontrarem. Ele acha o numero e aperta ‘send’, deixa dinheiro no balcão do bar, e saiu do lugar, ficando encostado na parede do lado de fora, sentindo o frio da noite batendo no seu rosto e terminando seu baseado..