Cafe Boulud

20 E, 76th St., entre 5ª Av. e a Madison., Upper East Side.

Do estrelado chef Daniel Boulud, o Cafe Boulud seria a versão menos formal e igualmente impecável dos seus restaurantes (uma coisa Gero e Fasano, sabe?).
É uma homenagem de Daniel ao café que sua família tinha nos arredores de Lyon, na França.
Restaurante pequeno, discreto, com decoração, cores e iluminação sóbrias, e super aconchegante, é perfeito para almoçar com amigos e experimentar as criações desse grande restaurateur.
O que é legal no Cafe Boulud é que você escolhe entre várias opções de menu.
Se você quer saborear a cozinha clássica francesa, escolha La Tradition.
Se você é vegetariano, experimente o menu Le Potager. Se você quiser pratos que utilizam ingredientes da estação, prove La Saison.
E ainda há um menu para aqueles que gostam de sabores de diferentes cozinhas: Le Voyage. Faça reservas.

Depois de deixar as coisas com a mãe e a bastarda no hotel, tomarem banho e se vestirem adequadamente, as garotas decidiram que era hora de comer alguma coisa em algum lugar chique de NY. Estavam animadíssimas, amam a big apple, era a cidade mais glamurosa que elas conheciam. Lia, a recém ruiva entrou no local, admirada com a decoração.
- Mia, look-at-this - apontou para um quadro todo abstrato - thats so hot!
A irmã deu uma risadinha e agarrou o braço da ruiva, totalmente exitada. Um rapaz muito bem vestido veio as atender.
- Mesa para duas?
- Não, para quatro - a mãe juntou-se as duas, juntamente com a irmã, que elas faziam questão de abominar.
O rapaz as guiou pelo restaurante,colocando-as em uma mesa bem no meio, deixando as garotas totalmente no centro das atenções, como elas realmente gostavam. O rapaz distribuiu os cardápios, elas optaram por uma salada básica e uma diet coke, já que não podiam engordar. A mãe pediu o martini habitual e a aberração um copo de água.
- Então Alice - Mia olhou para a bastarda com certo nojo, o que era aquele cabelo? - como está a escola?
- Nice.
- Hey, Mia - Lia dava pulinhos na cadeira e batia as mãos de uma forma bizarra - look there...não é aquele ator loser que fez Friends?
- Eu acho que é...AI MEU DEUS, é um ATOR DE VERDADE, THATS SOOO HOT!
- Meninas - a mãe de um gole no martini e as fitou - menos, isso não é um circo.
As garotas começaraam a cochichar entre si, enquanto a salada não chegava.
- Victor me ligou ontem...and guest what? Ele me chamou para o baile!
- Mia, you-are-such-a-bitch! A Michelle é apaixonada por ele...
- Azar o dela! Não tenho culpa se aquela gordurinha extra dela é repulsiva...
Lia deu uma risada histérica, mas foi calada com um olhar da mãe. Sentiu a irmã cutucando seu braço e indicando a porta com a cabeça.
As duas ficaram caladas, enquanto observavam o moreno, alto, bonito e sensual se aproximar.

Ficar a tarde toda com as irmãs e a mãe, escutando coisas sobre a grife da moda e como a Britney fugiu da rehab não era seu plano perfeito para uma sexta, muito menos jantar com elas. Fora obrigada a prender o cabelo em uma trança comportada, a colocar as lentes de contato [ que no momento a incomodava absurdamente, fazendo seu olho coçar] e usar uma roupa que não fosse manchada e larga. Mia havia dado a ela uma blusa roxa, meio colada e a obrigou a usar essa noite com o jeans que Lia havia usado apenas uma vez e não queria mais, e mesmo praticamente batendo nas irmãs, ela não conseguiu se livrar, já que sua mãe estava por perto e feliz da filha estar usando roupas femininas. Se sentia péssima, seus braços estavam a mostra, queria ir pra casa e colocar seu moletom velho, ler um bom livro e comer algum congelado, talvez escutando Coldplay, depreciando ainda mais sua existência. Pediu uma água, enquanto aguardava de braços cruzados e cara fechada as irmãs chochichando algo. Foi a brusca parada de movimentação delas que fez Alice virar e olhar para a porta. WHAT?
O que eles achava que estava fazendo ali? MERDA!

Ao chegar no restaurante, um homem bem vestido foi ao encontro deles.
– Olá senhor Morgan. É um honra tê-lo aqui novamente. Esperam mais alguém?
– Não, será apenas meu filho e eu.
– Sim, claro. Acompanhem-me, por favor. Vou levá-los até a sua mesa.
A mesa onde sentaram ficava numa parte pouco mais alta.
Estava entalado na garganta de Dexter contar a verdade.
Pai, eu já dormi com Susan algumas vezes, tenha certeza de uma coisa: ela não é mulher pra você.
Ele pensa, mas não falaria. Não agora. E nem desse jeito.
Após conversarem sobre algumas coisas, John olha para um ponto fixamente.
– O que foi pai?
– Vem Dexter. Acho que reencontrei uma velha amiga.
Ele segue seu pai até uma mesa onde estava uma mulher muita bem vestida, acompanhada de três ninfetas.
Gêmeas? Adoro New York e as oportunidades que me proporciona.
Olha para a outra menina. Era Alice.
Ok. Retiro o que eu disse.
– Norma! É você? – Diz John num tom surpreso – Lembra de mim? John Morgan?

O hot guy passou por elas acompanhado por um old hot man, deixando-as mais animadinhas. Ele parecia não ter prestado atenção nelas, mas não foi motivo para desanimo, ambas continuavam encarando o rapaz que estava sentado ao fundo com o aparente papai.
Alice parecia incomodada, também olhava para a mesa deles, enquanto sua cara se fechava cada vez mais. Será que a aberração estava achando que iria conseguir alguma coisa com o garotão?
- Mia, nossa irmãzinha está tentando paquerar o nosso hot guy...look at her, so patetic!
- Hey bastarda - Mia sussurrou para Alice, chamando sua atenção de modo que sua mãe não percebesse - ele nunca vai olhar pra você...
Mas antes que a ugly betty pudesse revidar, pai e filho se aproximavam da mesa....
– Norma! É você? – Diz John num tom surpreso – Lembra de mim? John Morgan?
Norma virou-se, espantada com a pessoa parada a sua frente. segurava o martini em uma das mãos, enquanto fazia uma rápida análise do ex-colega. Apesar de ter envelhecido, ainda estava bem conservado, elegente, charmoso. Penas já estar tão bem casada.
- Jooohn! Quanto tempo.... - ela o comprimentou com dois beijinhos no rosto, sem perder, em nenhum momento a classe - essas são minhas adoráveis filhas.
Lia e Mia já estavam em pé e sorriam animadamente para John e principalmente para Dexter.
- I'm Mia - a loira se meteu na frente, estendendo a mão para o old hot guy.
- and I'm Lia - a ruiva repetiu o mesmo movimento, ambas devorando o garoto com os olhos.

Asshole, não tinha outro restaurante não? Gosh, todo engomadinho, se achando...OQUE? ESSAS IDIOTAS TÊM MERDA NA CABEÇA MESMO, MEU DEUS!
Alice cruzou os braços, irritada. Tomara que ele não me veja e nem invente de me comprimentar...claro que ele não faria isso, sua arrogância não permitiria!
Deu um longo gole em sua água e olhou para a mesa dele novamente.
- Hey bastarda - Mia sussurrou para Alice, chamando sua atenção de modo que sua mãe não percebesse - ele nunca vai olhar pra você...
Mas antes que ela pudesse revidar, percebeu que duas pessoas se aproximavam. WHAT...?
– Norma! É você? – Diz John num tom surpreso – Lembra de mim? John Morgan?
- Jooohn! Quanto tempo.... - ela o comprimentou com dois beijinhos no rosto, sem perder, em nenhum momento a classe - essas são minhas adoráveis filhas.
As idiotas se levantaram, enquanto Alice afundava ainda mais na cadeira.
- Alice Wellers, demonstre a boa educação que recebeu e comprimente os senhores - a mãe olhava a garota envergonhada, praticamente a forçando ficar em pé. Como ela conseguia aquilo só com um olhar?
Levantou-se, meio contrariada e comprimentou o velho e depois encarou o garoto, que parecia um imbecil babando em suas irmãs.
- Hey Morgan....

– Olá Alice. – Sorriu amistosamente.
– Já se conheciam? –Pergunta John.
– Na verdade Alice e eu somos colegas de classe. – Olha para ela com o sorriso mais disfarçado do mundo demonstrando tanta falsa alegria.
Norma os convida pra se sentarem junto a elas.
John e Norma ficam conversando sobre como as coisas mudaram. Ela falou sobre seu casamento com o dono da maior indústria de brinquedos do mundo, de como se formou em economia, mas nunca trabalhou nisso e agora se dedica apenas a função de mãe. John conta sobre sua queda e a pronta ascenção. Hoje dono de uma importante empresa de propaganda e marketing e como já fez o marketing de importantes figuras como o próprio presidente G.W. Bush. Falam sobre os tempos de colegial e riem.
Dexter fica conversando com as gêmeas enquanto Alice prefere ficar emburrada no canto dela.
– Dexter, você não tem uma festa pra ir amanhã? Por que não leva as filha de Norma? – John faz esta pergunta mortal congelando o coração de Dexter e supostamente o de Alice também. – Não se preocupe Norma, é a re-inauguração do Victrola e o dono é um amigo meu. Só vai ter jovens da idade deles lá.
Norma parece mais aliviada.
– É claro pai. Eu adoraria. – Dexter faz rapidamente (e sutilmente) um gesto com a mão como se desse um tiro de revólver em sua temporal.
– Ótimo. Deixe que ele pega suas filhas de limusine para acompanhá-las até o Victrola. – Diz John bem entusiasmado.
Valeu pai! – Dexter torce o nariz.
Após muitas horas de constrangimentos e recordações dos anos 70, finalmente John se despede de Norma dizendo como foi bom reencontrá-la e que ligaria pra ela pra marcar um almoço pra conhecer o seu marido – de repente ele consegue um grande cliente pra oferecer os seus serviços.
Todos se despedem, inclusive Dexter que inexperadamente beija a face da Alice. Ele sabia que isso a irritaria, mas que ela também não faria nenhum escândalo ali.
Pai e filho saem, entram na mercedes e partem.

Não fazia questão de ouvir uma palavra que o garoto falava, muito menos prestava atenção na conversa dos pais. Começou a viajar, imaginado o Mr. Darcy chegando em um cavalo branco e a resgatando daquele inferno todo. Suas irmãs pareciam duas imbecis se jogando pra cima do garoto, mal sabiam que tudo aquilo não passava de aparência e que por dentro ele era tão vazio quanto elas. Já estava realmente de saco cheio daquilo tudo, sua vontade era sair dali e voltar pra casa, hibernar e só acordar segunda.
- Dexter, você não tem uma festa pra ir amanhã? Por que não leva as filha de Norma? – John faz esta pergunta mortal congelando o coração de Dexter e supostamente o de Alice também. – Não se preocupe Norma, é a re-inauguração do Victrola e o dono é um amigo meu. Só vai ter jovens da idade deles lá.
Opa, festa? Com ele e as irmãs? NEM PENSAR, NEM MORTA E NEM QUE A VACA TUSSA CINCO MIL VEZES! Emburrou ainda mais, e virou o rtesto da água que tinha em seu copo em um gole só. As gêmeas davam pulinhos de alegria, e assim que os dois deixaram o local, começaram a combinar roupas, pentead e maquiagem.
Merda, pensou a ver a cara da mãe. Ela provavelmente a obrigaria a ir e ainda por cima acompanhado daquele imbecil.
Terminaram de jantar e deixaram o local.

Parecia que ela havia chegado cedo demais, tinha marcado com Natalie no dia anterior então deduzia que ela não faltaria.Porém ela não estava ali ainda, não custava esperar.Entrou no restaurante e foi prontamente atendida por um garçon alto e bonitão com sotaque britânico.

- Good afternoon miss, are you waiting someone? - perguntou o garçon, educadamente

-Yes, I am actually, I reserved a table for too on the name of Leanne T. - respondeu devolvendo a mesma delicadeza.

-Follow me please. concluiu o british-waiter.

O garçon a guiou até uma mesa ao fundo da área de não fumantes onde se sentou.

- Would you like something to drink? - indagou o garçon.

-Yes please, I would love to have a Bethel Heights Pinot Gris wine.Ah, e por favor, faça o pedido de duas Peekytoe Crab Salad assim que minha amiga chegar.

-Como quiser mademoiselle - respondeu o garçon e foi se afastando.

Após alguns minutos o garçon voltou com uma garrafa de vinho e serviu em sua taça.Ela bebericava o vinho lentamente enquanto Natalie não chegava.

Ela continuava esperando Natalie pacientemente, e finalmente percebeu que ela não viria.
Sua amiga devia estar 'se divertindo de outras formas'.
Chamou novamente o garçone o comunicou que a sua amiga não mais viria, assim requisitando que ele pedisse somente sua Peekytoe Crab Salad.
Cerca de alguns minutos depois, o seu pedido chegou.Ela comeu rapidamente a deliciosa salada.Ela simplesmente adorava aquele restaurante, o cardápio do chef Daniel fora com certeza absoluta, a melhor escolha para aquela hora.
Pagou a conta no cartão de crédito da mãe e foi embora.

Já eram quase três da tarde quando as duas resolveram passar no Cafe Boulud para almoçar, sem duvida era o melhor lugar para um almoço como o que elas queriam. Elas chegaram ao local e pediram uma mesa para as duas. O maitre as levou até uma mesa no canto do restaurante e entregou o cardápio a elas.

-E ai, o que nós vamos comer? –Victoria perguntou enquanto abria o cardápio.

-Não sei, o que você acha de .....-O celular de Sarah começou a tocar e a loira fez um sinal que era para a amiga escolher sozinha enquanto ela corria para o lado de fora do restaurante.

-alo?
-Saritaaaa!!! –A voz estridente do outro lado da linha fez Sarah abrir um enorme sorriso.
-OMG, Cass? It’s u?
-Oh yeah, baby!! So dear sister, quando você pretende me falar que está de volta a NY?-Hum... no verão, maybe.
-Argh!! Eu só não te mato porque estou a kilometros de distância. –Sarah riu enquanto a irmã parecia ficar cada vez mais furiosa do outro lado da linha. –E nem pense que eu vou perdoá-la tão sedo, Sarah Jane.
-Heyy, não vale apelar para o nome do meio, Cassey! Alias, como estão as coisas ai em Louisiana?
-O de sempre, professores chatos, gente falsa e festas todo o dia. Ah, e eu já ganhei a minha segunda advertência, só mais uma e eu estou livre! Mas, e você, como está a minha amada NY?
- Great, everything here is so...diferent. But, I like here, it’s not Paris but it’s good.
-Até parece que eu queria ouvir isso. Eu estou falando das pessoas com quem você tem andado.-Ela ppoderia jurara que a irmã estava revirando os olhos neste momento.
-Well, I’m with Vicky now, but I met some nice people and I went to Victrola last night.
-OMG!!!! Victrola? Did you have sure?
-No Cassey, I didn’t have sure, I recived the invitation, and I’m not sure.
-Your Bitch! I was crazy to met victrola, It’s cool there?
-You’ll have to discover. Bye Little sis’.
-NO WAY. You’ll tell me about victrola N-O-W.
-Nops, byeee byee.

Sarah desligou o celular e o guardou na bolsa, voltando para o restaurante logo em seguida.

Sarah deixou Vick só com o cardápio...e no estando de fome que ela se encontrava isso era quase um crime.
Ela não perdeu tempo e pediu uma coisa lá que era feita com lagosta, não estava muito afim de ler.
Quando Sarah voltou Victoria já estava tomando uma limonada com hortelã:
-Quem era??-perguntou
-Minha sis..-respondeu Sarah meio sem dar muita importância
-Tem algum plano pra hoje a noite???..estou me sentindo meio...atacada....-continuou Vic com um sorriso malicioso nos belos lábios.

Sarah tinha planos, muitos por sinal. Alguns ennvolviam ela e victoria em alguma boate da moda, outros apenas ela e a sua linda cama. Okay, o seu final de semana estava maravilhoso, até agora, porque estragá-lo indo para casa sozinha?

-Eu tenho sim, o que você acha de nós irmos até um pub desses, pegarmos um porre e passarmos a noite no Plaza acompanhadas? –As duas trocaram olhares e Sarah logo pediu a conta para o garçom.

Quando elas acabaram de comer a loira pagou a conta com o cartão e saíram do restaurante.

-Well, o que vamos fazer agora? –Victoria perguntou enquanto recolocava os óculos de sol Gucci.

-E você ainda pergunta? –Sarah arqueou a sobrancelha. –Vamos, eu quero ir na Barney’s comprar um vestido novo e eu preciso de um novo par de Jimmy Choes.

Victoria afirmou com a cabeça enquanto seguia a amiga rumo a Madison avenue.

Leve. Sentia-se capaz de flutuar entre as mesas. Mentinha um sorriso amistoso no rosto enquanto era guiada pelo garçon até um a mesa ao fundo.
- Aqui está bom, senhorita?
- Yes, it' great!
- Então, gostaria de fazer o pedido?
- Por enquanto quero apenas um Cosmo, please.
- Ok.
Ela observou o garçon andar em direção ao bar, lembrando-se que precisava de compania. Sacou o celular da bolsa e mandou um sms, esperando resposta. Encontrá-lo agora seria perfeito, poderiam comer alguma coisa e depois se mandarem para algo mais divertido. Algumas idéias já surgiam em sua cabeça, talvez a droga a ajudasse na criatividade. Esboçou um sorriso sacana, o drink já estava em mãos. É, poderia ser uma tarde muito divertida.

- É verdade o que os boatos contam?

Ele havia acabado de chegar e já providenciava, acenando ao garçom, algo forte para beber.

- Destronada por uma desilusão amorosa; quando acho que nada mais me surpreenderia, você se supera.

Ele deu um sorriso amargo e fez menção em acender um cigarro, mas foi impedido pelo garçom que trouxe sua bebida acompanhada de uma cara arrogante como se aquilo fosse inadmissível.

- Destronada por uma desilusão amorosa; quando acho que nada mais me surpreenderia, você se supera.

Ergueu os olhos para o loiro que acabara de sentar em sua frente, abrindo um sorriso sarcástico enquanto bebericava o drink.

- Você precisa parar de ler blogs de fofocas e estudar, Cartie - pousou o copo delicadamente sobre a mesa, ainda o fitando com ironia no olhar - afinal, não sou eu que vou passar as férias inteiras escutando a agradável voz da Mrs. Bright .

Alfinetar as pessoas era sempre bom, ainda mais acompanhado de uma ironia básica. Katherine estava começando a voltar a sua velha e boa forma, e talvez usar paixões passadas fosse realmente agradável.

- Então Vince - ela puxou o cigarro da mão dele e o acendeu, como se mandasse o garçom que observava ir a merda - eu estive pensando em algo nostálgico essa noite...digo, eu ando me sentindo tão sozinha ultimamente - a voz era claramente falsa e veio acompanhada de outro sorriso ironico.

Você precisa parar de ler blogs de fofocas e estudar, afinal, não sou eu que vou passar as férias inteiras escutando a agradável voz da Mrs. Bright.

Ele sorriu mais uma vez daquela ironia e disparou meio sem importância.

- Eu já te disse que tô caindo fora, não volto mais a Dalton, mesmo que passar as férias inteiras ouvindo a Mrs. Bright pareça tentador, não volto.

Deu um bom gole em sua bebida enquanto assimilava o que acabou de dizer, e enquanto observava a menina em sua frente roubar seu cigarro e acendê-lo, lembrou da última vez que estiveram juntos, talvez ele quisesse mais uma dose daquilo também, mas não seria misturar demais?

Eu estive pensando em algo nostálgico essa noite...

- Talvez eu tenha exatamente o que você quer.

- Você é fraco, Vicent. Não aguenta nem uma recuperação...tcs, tcs, viver do dinheiro do papai as vezes não é tão fácil, ainda mais quando você não conclui o high school...acho um grande desperdício...mas enfim, isso não é problema meu.

- Talvez eu tenha exatamente o que você quer.

- Será? Você sabe que eu sou praticamente insaciável, não é, babe?!

Aquele joguinho estava a deixando cada vez mais animada. Talvez algumas surpresinhas entre quatro paredes seria exatamente o que precisava aquela noite. O garçom se aproximou, e ela pediu uma dose caprichada de vodca, a bebida sempre era um bom começo.

De uma hora pra outra, aqueles joguinhos de sedução habituais não pareciam tão atraentes como antes, talvez fosse o efeito da noitada anterior, ou então ele estivesse mais sóbrio do que podia imaginar, mas não estava muito contente de estar ali sendo testado por ela. Esvaziou de uma vez só o copo que estava em sua frente e sentenciou:

- Banheiro

Ela acenou despreocupada para ele em sinal de resposta enquanto dava um gole em seu drink. Com relativa dificuldade e colecionando uma dúzia de olhares espantados pelo seu caminho ele finalmente encontrou o banheiro.

- Eu odeio esse lugar!

Estava começando a ficar entediada, quando seus olhos caíram sobre um cara realmente gostoso sentado no balcão. Ele parecia estar observando também e aparentemente gostava do que via. Abriu um sorriso canto de boca e deu mais um trago, soltando a fumaça pra cima.
O garçom colocou um copo sobre a mesa, contendo abebida rosa tão conhecida.

- Do rapaz do bar, senhorita - sussurrou discreto, apontando com os olhos o gostosão.
- Obrigada.

Levantou o copo na direção do rapaz, como se estivesse agradecendo e brindando ao mesmo tempo. Virou alguns goles e sorriu, satisfeita pela oferta. Os olhares se trocavam fervorosamente, era como se estivessem conversando com os olhos.
Quando finalmente desviu o olhar, ele caiu sobre o rapaz loiro em pé que parecia observar a cena e não gostar muito.

Se eram motivos que ele queria, então finalmente ele os tinha. Vincent nunca soube lidar muito bem com frustrações, mesmo que sua casa fosse um bom laboratório para isso ele nunca soube sair ileso. Sem pensar muito no que fazia foi direto em um rapaz sentado não muito longe dali e arrebentou a cara do sujeito, agora sim eles teriam alguma razão para todos esses olhares.

E sem perder tempo foi até a garota, a mesa ao chão em segundos, ele a segurava agora pelos ombros e gritava em seus ouvidos como se quisesse fazer aquelas palavras entrarem a força.

- Você nunca prestou, mais uma mimadinha do Upper East Side, tentando viver a vida pagando uma de auto-suficiente; uma máscara para encobrir a menininha que nunca admitiu não ser o centro das atenções do papai. Você é uma farsa Katherine, uma farsa! E você sabe disso!

Ficou paralisada enquanto ele fazia aquele escândalo todo desnecessário. De repente a possibilidade de sair dali com ela tornou-se inapropriada e a vontade de levá-lo pra outro lugar esgotou-se.

- Você nunca prestou, mais uma mimadinha do Upper East Side, tentando viver a vida pagando uma de auto-suficiente; uma máscara para encobrir a menininha que nunca admitiu não ser o centro das atenções do papai. Você é uma farsa Katherine, uma farsa! E você sabe disso!

Por mais que aquilo fosse verdade e a magoasse internamente, jamais demostraria para alguém. Revirou os olhos e respirou fundo, soltando-se dele e pegando sua bolsa, sibilou calmamente:

- Vá se foder, Cartie. Você não é meu dono.


E antes que ele pudesse agir ou responder, virou as costas e saiu, deixando uma nota considerável com o garçom.