Victrola - Burlesque Club

189 Chrystie Street, New York, NY 10002


"" O “Burlesque” ou Burlesco em português, é um gênero teatral que nasceu no final do século XIX em Nova York. Nos teatros e cabarés, moças de formas generosas cantavam, dançavam, contavam piadas sujas e mostravam partes do seu corpo.
Teve seu auge entre as décadas de 20 e 50. Há alguns anos ressurgiu em bares e clubs do underground de Nova York. ""

O melhor club Burlesco da cidade, Victrola , um lugar respeitoso para as pessoas serem transportadas para outra época e se sentirem livres para se soltar sem julgamentos, um lugar puro escape, está prestes a reabrir depois de 2 meses fechado para reformas.
Ele ainda tem seu ar dos anos 20, mas está totalmente novo.

Estavamos loucos para reve-lo, e todos estamos com saudade dele.

Espero encontra-los por lá em breve.


E não se esqueça...
“O que acontece em Victrola, fica em Victrola.”

No interior do club Victrola tem:
2º andar: tem mesas e balcões com visão do palco;
2 escadas: uma em cada canto, localizadas logo após a entrada do local;
Pista de dança: no centro do salão;
1 palco: ao fundo, depois da pista de dança;
2 bares: O primeiro, um pouco depois da entrada; o segundo, no 2º andar da casa.
2 banheiros: masculino e feminino no 1º andar;
1 sala VIP: ambiente escuro, com sofás, luzes vermelhas, e velas, localizada no 2º andar;
Sofás e poltronas encostadas nas paredes com mesas.

- Good night Gordon - ela sorriu para o segurança, furando a fila gigante - and thaks.
O segurança acenou pra garota, guardando a nota de cem dólares que acabara de faturar. Katherine tirou o casaco preto, revelando o recém-adquirido Valentino, curto, vermelho e fatal. Pegou um sex-on-the-beach caprichado e saiu desfilando pelo lugar, despertando os atentos olhares masculinos sobre ela.
- Look at you little K - ela escutou a voz sussurrada atrás de si - alone in Victrolla...asking for some company, am I right?
- Hey...Morgan - ela sorriu, tirando o drink de sua mão, dando um grande gole - No, I'm not alone babe, i'm with all the boys here, can't you see?
- Oh, yeah, eu me esqueci da sua capacidade de dormir com vários na mesma noite...
- Por favor querido, sem ofensas pessoais...eu sei como você está chateado por não ter tido o prazer de me ter em sua cama. Mas não fique triste - ela roubou-lhe o copo, e aproximou os lábios perigosamente da orelha dele - a esperança é a última que morre.
- HA HA HA eu prefiro dormir com uma vaca do que com você - ele a afastou - ooh espere....é a mesma coisa!
E sorrindo, ele pegou o copo de volta, deixando pra trás a garota com um sorriso nos lábios. Katherine respirou fundo e foi até o bar, se embebedando o máximo possível.
Sentiu o celular vibrar, não acreditando no remetente da mensagem...não poderia ser. Guardou o aparelho de volta, pensando se deveria ou não subir. Respirou fundo e pediu mais um martini, na esperança de que a bebida lhe desse a resposta.

- Gordon, quanto tempo meu rapaz!

O segurança parecia ter visto uma assombração ou coisa do tipo. Assim que colocou os olhos sobre o rapaz em frente ao Victrola o sorriso assanhado que lançava a uma qualquer daquela fila se desfez.

- Sr. Cartie, achei que nunca mais voltaria a ver o senhor por aqui!
- Sinceramente Gordon, você me dá pena! Quem te fez pensar nisso? Os Tablóides talvez? Não me diga que sabe ler?!

Como de costume o segurança abriu passagem para que Vince subisse até a sala VIP, no segundo andar.

- Estou esperando uma acompanhante, pelo menos eu acho, você sabe o que fazer.

Ele não queria ser oportunado por curiosos aquela noite, hoje “a sala VIP era de Vincent Cartie”.

Abriu a porta, apoiando no batende, erguendo uma sombracelha ao vê-lo esparramado no sofá.
- Dizem por ai que vaso ruim não quebra....
Katherine fechou a porta atrás de si e caminhou lentamente sobre o olhar do garoto, sentando-se ao seu lado e cruzando as pernas. Tirou um cigarro da bolsa e o acendeu, tudo com muita classe, enquanto um sorriso sacana surgia em seus lábios.
- Desaparecer depois de uma noite maravilhosa não foi muito educado de sua parte, Cartie - tragou, soltando a fumaça pra cima, olhando-o nos olhos - você pode machucar os sentimentos de alguém agindo assim - fez um biquinho falso, fingindo-se magoada e voltoua sorrir, levando o cigarro aos lábios.

- Você sabe como as coisas funcionam Little K, o Vince aqui não gosta muito de se amarrar. De qualquer forma, um passarinho sacana me contou que você tratou de se ocupar enquanto estive fora. Manteve sua cama bem ocupada?

Ele disse, pegando o cigarro da boca de Katherine e dando uma longa tragada.

- Não acredito que trocou o seu Vince tão rápido!

Disse virando uma garrafa qualquer de vodka e mordiscando a boca de Katherine enquanto segurava sua nuca.

Ela riu, roubando-lhe a garrafa de vodca.

- Você realmente achou que eu ia esperar você voltar darling? Você tem a total noção de que a minha cama nunca está vazia...

Devolveu a garrafa, pegando o cigarro, voltando a tragar lentamente, enquanto ambos se comiam com os olhos. Respira fundo Katherine, você não vai ceder.

- Enfim, como foi a rehab? Conseguiu se livrar dos seus demônios ou ainda acorda molhado quando sonha comigo e umas carreirinhas espalhadas pela cama?

- Você sabe que essa história toda de rehab é coisa criada, a minha estadia em Chigago nem foi tão dura assim, nada que o dinheiro não pudesse resolver.

Ele disse sem importância. Era absurdo, só ela o deixava assim, desarmado.

- Mas tenho que te confessar, ainda acordo molhado quando sonho com você! Você meche comigo sugar lips.

Chegou mais perto e a agarrou de novo, do jeito que só ele fazia e ela sabia disso.

Abriu um sorriso vitorioso. Ela sabia que talvez aquilo fosse tudo da boca pra fora, mas sentiu uma pontada de felicidade ao saber que ele sentira sua falta.
A vodca mais os drinks que havia bebido começaram a lhe provocar uma visão mais engraçada e um certo calor. Talvez o Valentino estava comprido demais para a ocasião.

- Então, já matamos a saudade, não? Acho melhor eu ir embora, antes que esse encontro cause mais consequências do que o esperado...

Ela se levantou, jogando o cigarro no chão, pisando em cima. Se abaixou lentamente e aproximou os lábios do dele, mas antes que eles pudessem se tocar, ela apenas sussurrou:

- Starbucks, tomorrow- e virando-se de costas, caminhou em direção a porta - onze horas.
E sem dizer mais nenhuma palavra, deixou o local.

Uma coisa era certa, ela sabia como o fazer querer mais. “Starbucks, tomorrow, onze horas.” Aquelas palavras ainda perambulavam a cabeça dele, misturadas com lembranças engraçadas de um passado não tão distante.

Qual é o jogo agora? Não sei, mas quero brincar!

Deu um último gole e foi embora, o dia seguinte prometia.