Bellevue Hospital Center

Os dois gritavam, ela jogou o cigarro pra fora e ligou o carro, engatando ré e derrubando várias latas de lixo que estavam por ai.
- COMO ASSIM NÃO PERGUNTA, DONALD, SEU IMBECIL - seu rosto estava completamente vermelho e ela virava a cabeça para tentar olha-lo, entrando na contra-mão sem perceber - VOCÊ FODE A MENINA NO ELEVADOR, DÁ DROGAS QUE ELA NUNCA USOU EM GRANDE QUANTIDADE...WTF? - um carro vinha de frente em sua direção, ela desviou subindo na calçada e derrapando, entrando em uma rua menor e seguindo reto até o final - E AINDA POR CIMA ATRAPALHA O MEU FODA! PUTA QUE PARIL, DONALD, PUTA QUE PARIL!
Ela voltou a atenção para o volante, o hospital ainda estava a alguns minutos dali, precisava fazer uma volta para pegar uma avenida. Os dois gritavam um com o outro, a adrenalina em seu sangue estava quase saindo pelos poros. Olhou no retrovisor e viu Juliet, completamente apagada, parencendo um cadáver.
- MAS QUE MERDA! MENINA ESTÚPIDA QUE FICA SE METENDO COM O QUE NÃO DEVE, MENINA IMBECIL!
Ela contornou um balão, quase batendo com o carro em uma limo cheios de jovens bêbados que gritavam quando ela passou meio desgovernada.
- WHAAATDAAAFUUCK?! CUIDADO COM O CARRO SUA VACA! VOCÊ NAO SABE DIRIGIR?! ( D.)
- WHAT DA SHIT FUCK DONNIE? PORQUE VOCÊ TINHA QUE DAR DROGAS PRA UMA VADIA DESSAS QUE NAO AGUENTA NEM GROSELHA CARALHO! REDIE PARA DE GRITAR PARA DE GRITAR E PISA NESSA PORRA DE ACELERADOR (Z)
Seu corpo tremia todo, sua voz estava em um tom mais agudo, extama explicito o quanto nervosa e desesperada ela estava. Foi obrigada a parar em um sinal, respirou fundo, contou até 10.
- COMO È QUE EU IA SABER QUE A MENINA NÃO AGUENTA NEM CHEIRAR PÒ DE NESCAU!? QUE PORRA! CARALHO! SHUT THE FUCK UP AND FUCKING DRIVE
- U SHOULD HAVE KNOWS MAN! VOCÊ ATRAPALHOU A MINHA PRIMEIRA E MELHOR FODA EM NY, QUE CARALHO DON, SÓ PQ VC JA COMEU VC ACHA QUE PODE ME TISORAR SEU FILHO DA PUTA!
Katherine entrou na contra mão outra vez, sem perceber.
- VAI SE FODER VOCÊS DOIS, PAREM DE GRITAR, AAAAAAAAH - desviou de uma moto, virando rapidamente na 1st, o hospital já estava próximo.
- SEU CAIPIRA DA PORRA! CALA A BOCA E NÃO ENCHE O SACO! NÂO È MINHA CULPA SE EM TRÊS DIAS EM NY VC SO FOI CONSEGUIR COMER ALGUMA PUTA HOJE!
- SUA MÃE TA NA ZONA, SEU FILHO DA PUTA, NÃO É PORQUE EU GOSTO DE DAR QUE EU DOU PRA QUALQUER UM! NÃO VEM CUSPIR NO PRATO QUE COMEU!
Zuko respirou fundo, olhou pelo retrovisor e viu Donnie com a cara vermelha
- YOUR. LITTLE.MOTHER FUCKER! - se debruçou no banco do passageiro e começou a tentar bater em Donnie, que se protegia colocando Juliet na frente - TAKE THIS FUCKING CORPSE OUT OF MY WAY YOU SHIT FUCK.
A garota fez a curva, cantando os pneus e parou em frente a saída de emergencia, freiando com tudo, fazendo o cowboy bater a cabeça no vidro, mas não a ponto de quebrar. Respirou fundo e desligou o motor, ainda tremendo.
- Certo - tirou as maõs do volante e olhou para os dois - quem vai levar?

Zuko se ajeitou no banco olhando para frente como quem queria se livrar da merda que estava por vir, apoiou a cabeça na janela que por acaso doia pra cacete depois da pancada que ele tinha levado. Olhou para Donnie pelo retrovisor:

- OK, Quick, Donnie, leva ela pra dentro.

- CARALHO! WHAT THE FUCK SHOULD I SAY?!?! - disse ele entrando em desespero ao abrir a porta de tras da mercedes.

- I DON'T KNOW!IMPROVISE!!Vai logo, a gente precisa estacionar o carro em algum lugar!! MOVE YOUR FUCKING ASS MAN!

Donnie não se moveu, na real ele não podia acreditar no que estava acontecendo. Encarava a porta do hospital pensando no que iria falar. Sentiu algo se mechendo, fez uma cara de quem estava Britney Spears careca atacando paprazzis com um guarda-chuvas, Michael Jackson voltando a ser negro, Michael Jordan abandonando basket pra jogar golf.

- GO DONNIE! GO! WHAT THE FUCK ARE U WAITING F...

- Oh wow! I had such a lovely dream...wow!

Eles não podiam acreditar naquilo, o presunto tinha voltado a vida com voz de ganso amanhecido falando sobre potes de ouro no final do arcos íris.

Ja era dia, provavelmente umas sete da manhã. Katherine dirigiu até o lago que ficava próximo ao hospital, eles estacionaram bem na frente, com Juliet já acordada. Até tentaram procurar algo pra dizer, mas não rolava, tanta tensão pra Barbie do pó ressurgir das cinzas.

- Eu preciso de erva. - disse Donnie abrindo o vidro da janela.

- Eu tenho. - Zuko começou a fuçar os bolsos da frente da calça - Eu tenho certeza que eu tenho! - Ele começou a entrar em desespero por não conseguir encontrar a erva nas calças apertadas.

- Eu vi você colocar nos bolsos de trás da calça, e é bom que esteja ai mesmo, porque eu já tive SORTE DE MAIS por um dia! - disse Katherine fazendo sinal para ele ficar de pé.

Zuko levantou dentro do carro, Kath começou a fuçar os bolsos de tras da calça dele a procura da erva. Teria sido perfeito se ela não fosse apavorada de mais e não tivesse empurrado Zuko pra cima do engate, que fez o carro ir pra frente e cair dentro do lago, antes que todo mundo pudesse tentar parar.

Katherine nadou até a superficie, agonizando com água gelada ao extremo. Nadava desesperadamente, se debatendo, cuspindo água para todos os lados.
- OH GOOOOOOOOOOOSH! - ela cuspiu água, procurando pelos demais. Estariam eles mortos?
- FUCK! JULIUS IS GONNA FREAK OUT!
Olhou para os lados e viu Donnie se debatendo também, com uma cara fodida da vida. Três segundos depois, Johnny apareceu, desesperado, procurando por algo:
- THE DOPE MAN, THE DOPE IS GOOOONE!
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, MEU DEUS! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Agora a voz era feminina e vinha de um lugar mais afastado, Juliet nadava em direção a eles, sem muito sucesso.
Como raios isso foi acontecer? Há duas horas atrás ela estava nua com um cowboy super gostoso no conforto de sua cama, e agora aqui, EM UM LAGO NOJENTO, quase morrendo congelada e afogada, com pessoas de índole suspeita, sendo olhada por várias pessoas que se aglomeravam na beirada do lago e pior: um carro estava submerso bem abaixo de seus pés. Precisava sair dali agora e rapidamente, não poderia ser reconhecida na situação. Juliet já estava próxima e ia cada vez mais rápido em direção a margem, ultrapassou Kath e saiu do lago, sem olhar pra ninguém e sem dizer uma palavra, entrando no primeiro táxi que parou ali. Donnie e Zuko ainda discutiam algo sobre Julius e a maconha, mas ela ignorou e saiu dali també, gritando por eles.
- HEY IDIOTS, GET OUT!
Os garotos olharam, ela estava em pé, na margem, braços cruzados e uma expressão nada amigável. Sairam do lago e caminharam até a garota, ainda meio putos e em silêncio. Kath saiu pisando duro, totalmente puta da vida, enfiando-se em um táxi que estava ali parado. O carro se afastava, olhou pra trás e os viu entrando em outro táxi, perdendo-os de vista quando o motorista virou, pegando a rua do hospital. Encostou a cabeça no banco e fechou os olhos, confiando na boa vontade do taxista de deixá-la segura em casa.

a ambulância chegou com Adib já consciente no hospital. Ele mantinha a cabeça para trás e segurava um pano branco no nariz que estava todo cheio de sangue. Juliet estava com ele. Desceram rapidamente sendo acudido pelos plantonistas. Quando tiraram o pano da cara de Adib, puderam ver o seu nariz deslocado.
– Meu nariz! Oh my god! – gritou ele na hora que tiraram a compressa.
A escoriação foi grave. juliet vira o rosto na hora que tiraram a compressa. Logo o levaram para uma ala de pequenas cirurgias, precisavam dar um jeito na cara dele. Juliet não pode o acompanhar.

Algumas horas depois, Juliet pode entrar no quarto onde o rapaz estava. Ela o vê deitado na cama com o nariz cheio de curativos, e tinha uma gaze dentro de uma de suas fossas nasais. Juliet faz uma cara como se tivesse chupado um limão azedo. O quadro estava feio mesmo.
Adib olha para Juliet.
– Nem vou te perguntar como estou.
Ela põe a mão na boca e sorri.
– Só acho que você vai precisar de uma rinoplastia urgente.

Descrição de como a cara de Adib ficou depois do soco por imagem: (se voce nao gosta de ver isso, nao abra a imagem)
http://www.bobwiltfong.com/photos_files/galleries/odds_&_ends/images/BROKEN%20NOSE-Day%202.jpg
[daqui pra frente é com vocês]

Katherine tinha apagado no colo de Zuko.

Enquanto o taxi corria pelas ruas de New York a caminho do hospital, Jonas ajeitava a garota, colocando-a sentada no banco de trás. As mãos de Kath suavam frio e o corpo estava mole, completamente largado.
O banco do taxi já estava manchado de sangue.
Zuko agora sentado ao lado da janela com a cabeça de Katherine caida ao seu ombro tentava apressar ainda mais o motorista Indiado enquanto tirava o celular do bolso da calça. Precisava desesperadamente falar com Donnie.

- DONNIE? DONNIE MAN, MEET ME IN THE FUCKING HOSPITAL! - Zuko gitava ao telefone assim que o amigo o atendeu. - JUST COME DUDE! IT'S KATHERINE...I THINK...MAN, JUST MEET ME OK!

Zuko desligou o telefone e o guardou no bolso da calça outra vez. Colocou um dos braços em volta de Katherine a aproximando ainda mais para si, já imaginando o que haveria acontecido.


Chegando no hospital o garoto desceu do taxi deixando a garota la dentro. Entrou correndo na ala de emergencia e logo saiu de la com dois enfermeiros e uma maca. Os homens colocaram Katherine na maca e correram com ela para dentro do hospital.
Jonas acompanhou até aonde pode, desejando que Donnie chegasse logo, tendo que deixar a amiga e os enfermeiros seguirem sozinhos, quando foi barrado por um dos internos.

Assim que recebeu a ligação de Zuko saiu correndo deixando o copo de whiskey não terminado em cima da mesa. A ideia de Kath de causar um aborto espontaneo devia ter dado certo, so que ocorreu mais rapido do que ele espeava. Imaginava se tudo isso não fosse foder mais ainda com a situação dos dois causando algum dano ao bebe ao inves de aborta-lo. Montou na harley que estava estacionada na rua e correu para o hospital. Ao chegar la se deparou com Zuko desesperado na sala de espera.

- WHAT THE HELL HAPPEND MAN?

Zuko puxou Donnie pelo ombro o levanto para longe das pessoas que aguardavam na sala de espera para serem atendidas.

- Katherine was bleeding. - disse em um tom baixo para que os outros não ouvissem.

- Oh shit, I had that comming... HOW IS SHE?

- SHHHHHHHH. - Zuko mandava Donnie calar a boca enquanto as velhas gripadas olhavam para os dois. - I don't know...não vieram dar noticias ainda.

Dr. O'Malley, o residente, chegou e os chamou, provavelmente trazia noticias.

- How is she? - questionou Donnie

- Ela esta bem, ja esta acordada. Fizemos todos os exames, infelizmente ela perdeu o bebe, mas esta fora de perigo. Você sabia que ela estava gravida, certo?

- Sim, sim, eu sou...era... o pai.

O'Malley apenas olhou com cara de deboche para Donnie que usava aquela fantasia de caveira ridicula e continuou:

- A garota é menor de idade então vamos ter que entrar em contato com os pais dela.

- Okay.

- Então você é o pai... e você? é o que? O namorado? - o residente questionou

- No, i'm not the, well, I mean.. yeah, ok. - respondeu Zuko meio confuso

- Vocês já podem entrar para ve-la se quiserem.

- Okay, thanks man.

Foram para o quarto ver como Katheine estava, apesar de tudo a noticia tinha sido um alivio, finalmente aquele rolo todo de gravidez chegara ao fim.

Katherie abriu os olhos, olhando ao redor.
- Bom dia bela adormecida - o hot doctor sorriu, enquanto tirava a seringa de seu bra;o e entregava a enfermeira para mandar para exames.
Olhou ao redor, procurando reconhecer o lugar...um quarto de hospital, uma enfermeira e o tal médico.
- Dr. Karev, the chefe is calling - uma mulata baixinha e gordinha apareceu na porta, fazendo o hot doctor se retirar.
Ela não usava mais a fantasia e sim aquela camisola de hospital, o que deixava sua aparência bem pior do que estava. Ainda sentia um pouco de dor, nada que a incomodasse demais. A propósito, porque estava ali mesmo?
Outro médico entrou, parecia mal-humorado e nada amigável, deveria ter quase uns 50 anos, e tinha um ar misterioso.
- Então, o que aconteceu? - ela já imaginava o que poderia ser, mas precisava saber pela boca de um especialista
- You lost your baby - ele abriu uma pasta com a ficha da garota, a lendo - e sua fertilidade. Pense pelo lado bom - o homem fechou a pasta, a jogando em cima de uma mesinha - pelo menos da próxima vez que você resolver abrir suas perninhas e não usar camisinha seu único risco será pegar uma DST...no more kids!
Soltou um suspiro de alívio, finalmente aquela merda toda tinha acabado. Sentiu-se culpada pelo fato de sentir-se bem, provavelmente era uma das poucas que perdem o bebê e gostam, mas logo a culpa passou, dando lugar a uma tristeza estranha...nada mais de filhos? Nunca pensou sobre o futuro, casar e constituir familia, aquilo era tão over pra ela. O médico apenas a encarava, esperando um reação desesperada, o que ela não fez.
- É impressão minha ou você está feliz por isso?
Deu apenas um sorriso cansado, sentia seu corpo exausto, precisava de uma boa noite de sono...
Escutou vozes conhecidas ecoarem pelo locar, erguendo os olhos para a entrada. Donnie e Zuko a encaravam da porta, pareciam meio preocupados.
- Hi - ela comprimentou, a voz rouca e falhada.

Ao entrar no quarto ambos tomaram um susto. Katherine usava camisolas de hospital, seu cabelo estava bagunçado, a maquiagem borrada, o rosto suado... estava horrivel. Não era por menos, havia acabado de perder um bebe, mas não tinha como negar, ela estava parecendo Karen O depois de passar o show todo gritando como um ganso louco e pulando feito uma gazela hiperativa.

- Hi - Katherine comprimentou, com a voz rouca e falhada.

- Hi - Donnie respondeu meio sem graça - How are you?

- She just lost a baby, lots of blood and her fertility? How the hell do you think she is? Jubilant? - o médico gritava antes que Katherine tivesse chance de responder - The girl needs to get some rest. Both of you, out of here, now!

Donnie conhecia muito bem aquele sermão ironico interminavel e aquele ser mau humorado, ele era Dr. Monks, o cirurgião babaca que era casado com a irmã de Naomi. O médico olhou para cara de Donnie novamente, parecia ter acabado de reconhecer o sobrinho. Não comentou nada, apenas olhou com cara de desprezo. Abriu a porta e ficou parado encarando os dois garotos, praticamente os expulsando.

- I think it's better to let it go for now...wait it to calm down a little. We call you, ok? - Zuko olha pro médico mau humorado e sai do quarto acompanhado de Donnie

Ao passar pela porta deram de cara com o Sr. Linderman, sua cara não era nada agradavel, sairam correndo para não ter que participar da discução familiar sobre gravidez precoce.

Katherine não teve tempo de responder, o médico grosso fora mais rápido. Seu pai acabara de chegar e fazia mil perguntas ao médico, e conforme ele respondia, ela afundava ainda mais na cama, querendo sumir. Seu pai parecia preocupado, mas ao mesmo tempo bravo e decepcionado. O médico saiu, deixando os dois a sós.
- Então - Lucca caminhou até a cama, sentando-se na cadeira ao lado - você está bem?
- Sim - ela fiatava o teto, não conseguia encarar seu pai.
- Grávida ein? Quando você pretendia me contar...?
- Nunca.
- Nunca? E o que você pretendia fazer Katherine? Fugir pra Suíça?
- Talvez.
- Kath, olhe para mim.
Ela se virou, segurando as lágrimas. Qualé, eu acabei de perder 30 litros de sangue e um futuro filho...não que eu o desejassem...mas será que dá pra ser mais compreensivo?
- O que?
- Está tudo bem, eu não vou brigar por isso. Todos nós cometemos erros quando somos jovens.
- Pai, foi um acidente ok? Eu usei camisinha...
- A propósito, alguns daqueles garotos eram o pai?
- Sim...o loiro.
O pai ficou alguns minutos em silêncio, parecia se conter, sua vontade era sair dali e socar o imbecil que tocará sua filha, não tão inocente quanto imaginava.
- Ele é seu namorado?
- Não.
Ficaram em silêncio. Se fosse um pai normal estaria gritando com a menina, dando-lhe lições de moral e coisas do tipo. Mas Lucca Linderman culpava-se demais por sua ausência, deixando-se se intimar pela garota e esquecendo que o pai ali era ele.
Katherine sentia sono, estava cansada. O pai ficou mais um pouco, indo embora meia hora depois, a deixando dormir.



Domingo, meio dia. Katherine atravessou o saguão principal do hospital com seu pai, que carregava uma pequena maleta. O médico dera alta e uma semana de repouso em casa, sem fazer esforços e coisas do tipo. Ainda sentia-se meio mal, queria se jogar em sua cama e fumar um cigarro, ver um filme antigo e relaxar, feliz por sua vida finalmente voltar ao normal.
Deixaram o hospital, seguindo diretamente para casa.

Os dois haviam acordado cedo. Ambos se trocaram, ela tinha uma consulta marcada as nove com o tal Dr. Monks e queria terminar logo aquilo. Chegaram no hospital e se dirigiram diretamente a área de clínica privada do lugar, sendo atendidos pela recepcionista, que os guiou para a sala de espera. Permaneciam em silêncio, talvez pelo sono, falta de café e ansiedade. Ela assistia concentrada o Good Morning America, enquanto o cowboy folheava uma revista médica.
- Miss Linderman?! - uma enfermeira sugiu na porta.
Katherin apenas de levantou, acompanhada por Zuko, entrou na sala de consulta, onde o médico já aguardava emburrado.
- Hi - comprimentou timidamente, observando o médico se aproximar.
- You are fast - ironizou, enquanto olhava o garoto sentado na cadeira do canto.
Kath não respondeu, desmanchando o sorriso do rosto. O médico começou a examina-la e parou para fazer alguma anotações.
- am I ok?
- Yes, you are fine. Estou impressionado, nunca vi ninguém se recuperar tão rápido...
Kath sorria animadamente. Finalmente estava livre para fazer o que bem quisesse, e já tinha planos em mente, descendo da cama e olhando animadamente para Zuko.
- So...can I do whatever i want?
- Sim, mas por favor, use camisinhas! Eu sei que você não pode ter filhos, mas eu não quero tratar sua herpes, muito menos seu HIV, so, take care.
Ele receitou um remédio para caso de dor e lhe entregou a receita, deixando a sala resmungando. Ela deu um pulinho de alegria e puxou Zuko para si, lhe dando um beijo.
- Viu, estou l-i-v-r-e!

- Ótimo! - respondeu com um sorriso de canto ao jogar a revista de médicina de volta para a mesinha da sala de espera. - Vida normal! Olha, preciso correr!Dar um pulo casa e ainda tentar pegar a aula de música hoje depois do almoço. Nos falamos depois, ok?

Zuko deu um beijo na testa de Katherine, ajeitou a mochila em um dos ombros e deixou o hospital com um pouco de pressa. Precisava deixar as roupas no apartamento e tentar pegar as aulas do segundo periodo do dia. Caminhou alguns metros com o ipod nas orelhas, até conseguir parar um taxi que o levou até o Soho.

Depois o acidente no meuseu, Dave e Alice sairam correndo e pegaram um taxi até o hospital. Após a noticia do sangramento em sua cabeça seu subconciente fazia a dor triplicar. Desceram do taxi na porta do Bellueve e entraram correndo com as calças molhadas no traseiro, parecia que ambos tinham urinado nas calças como uma criança de 5 anos. Alice estava desesperada, a garota exagerada ja pensava que o pior havia acontecido e ainda se culpava por tudo aquilo.

Se sentaram na sala de espera, a enfermeira disse que um dos médicos ja estava a caminho. Dave torcia para que esse medico não fosse se pai, a humilhação seria horrivel, mas não iam chamar um dos mais aclamados cirurgiões de NY para cuidar de um garoto com leves ferimentos na cabeça.

Não demorou muito para o Dr. Karev aparecer, aquele era um dos residentes mais odiados por seu pai. Dr. Monks sempre estava comentando o quanto Karev era folgado, incopetende e sobre ele não ter passado em uma das avaliações ou algo do tipo. Karev o chamou sem ao menos consultar seu nome, Dave foi na frente, o médico andou encarando suas calças molhadas e segurando a risada até o quarto. Lá Dave se sentou e foi examinado.

- So, what happend kid?

- I fell at a gift shop.

Karev apenas o fitou com certo desprezo, pensando que tipo de pessoa consegue se machucar em uma lojinha de presentes.

- Well boy, não foi nada serio, você ja pode ir. - ele disse terminando de colar o esparadrapo

- Okay, thanks. - Dave disse se levantando e saindo.

Na porta do quarto deu de cara com Dr. O'Malley, o residente que havia cuidado de Dave quando ele teve catapora nas férias de verão do ano passado.

- Dave? - O'Malley questionou espantado ao ve-lo

- Oh hey George - Dave o comprimentou acenando com a mão

- O que você faz aqui?

- Eu tive um pequeno acidente no museu, nada grave...

- Museu? Ahm, oh...- o residente respondeu confuso tentando imaginar como alguem conseguia se machucar em um museu (realmente ninguem imagina o quanto os museus são perigosos hahaha)

- Bem eu vou indo, minha amiga esta me esperando na sala de epserar ahmm, bye

Dave foi até a sala de espera aonde encontrou Alice e a avisou que eu não tinha sofrido um traumatismo craniano e nem tinha levado vinte e cinco pontos. Então ambos pegaram taxis para suas devidas casas após a fracassada tarde no meuseu.

Os pneus cantaram incrivelmente altos, denunciando a alta velocidade considerável com que o táxi se movia pelas ruas de Manhattam com o único objetivo de chegar ao hospital. O tempo discorreu tão rápido, que quando Terrence desgrudou os olhos da imagem de Alice desacordada em seu colo para poder ver em que parte da cidade eles estavam situados, ficou impressionado; estavam já no hospital. O taxista falou algumas coisas naquela sua língua que impediu a compreensão do garoto. Terrence desviou sua atenção até então voltada para o motorista com sua tagarelice espanhola para ter em foco a garota desmaida em seu colo. Cuidadosamente tomou o corpo frágil dela em seus braços, sendo o mais cauteloso possível e saiu do carro assim que o taxista foi, ao menos, prestativo nesse momento para abrir a porta e dar passagem para que ele seguisse com Alice em seus braços para o hospital.


A recepção estava cheia, o clima natalino sempre atissava as pessoas a cometerm pequenos acidentes. Não vendo onde colocar a garota, em um ato desesperado, Terrence a colocou sobre o balcão da recepção, fazendo a enfermeira que preenchia uma ficha levantar os olhos, formando a expressão " O que você pensa que está fazendo?".


- Médico! Agora! - as palavras sairam com pressa e urgência. O seu olhar denunciava um pânico misturado com a preocupação pelo bem-estar da garota. - Ela foi atropelada!
A enfermeira assumiu a cara de tédio de antes e tirou umas três folhas, colocando sobre a barriga da garota.
- Você precisa preencher esses dados primeiros...

Uma expressão de increduabilidade passou pelo o rosto dele e uma furiosa assumiu.
- Vá você e essa burocracia pro inferno! Não vou esperar que ela morra por conta de uma maldita ficha! - ele disse grosseiramente e com razão em cada palavra dita.
Tomou o corpo em seus braços e correu para o corredo a procura de um jaleco branco.
- HEY KID, YOU CAN'T.... - a enfermeira gritou, tarde demais, ele já tinha entrado na área proibida.
Parou o primeiro médico que viu.
- Ela precisa de cuidados... Sofreu um acidente!
- WHAT? - o doutor olhou o corpo, agora escorria um fio de sangue da cabeça da garota - Coloque ela ali - indicou a maca vazia que acabara de chegar, provavelmente para outro paciente que já havia preenchido a ficha. O doutor se aproximou e começou a examinar, enquanto Terrence permanecia de braços cruzados, andando de um lado para outro. Merda. Quais seriam as consequências pelos atos daquele taxista estúpido?
- She's fine - o médico o despertou dos pensamentos - alguns exames e deve ficar bem. A pancada deve ter causado o desmaio, vamos ter que fazer uma ressonância e mais alguns testes. Vou mandar interná-la...By the way, I'm doctor Burke.

- Thanks - ele se aproximou da garota, a olhando. Era pálida, os lábios se destacavam e os cabelos atigiam os ombros. Reparou que carregava a bolsa dela em seu braço e não havia se dado conta. Claro! Ali deveriam estar todos os documentos e dados dela, talvez pudesse ligar para alguém aparecer. A abriu, procurando pela carteira, a achando perdida no fundo. Uow, mais parecia um baú do que algo que se possa carregar em uma bolsa. Desviando de papéis e porcarias, achou a identidade, verificando o nome, endereço, idade, tipo sanguíneo, mas nada de contatos. Uma interna parou ao seu lado, o fazendo se virar e encará-la.
- Eu tenho que levá-la - disse a loira alta, com as mãos metidas nos bolsos do jaleco
- Oh, ok - tirou a bolsa de cima e a segurou, ainda com o documento em mãos.
Ela começou a empurrar a maca pelos corredores e ele acompanhou.
- Sua namorada?
- Ahn? Não, NÃO! O táxi que eu estava dentro a atropelou...
- E você chamou a ambulância?
- Não. Eu a trouxe. Digo, a peguei e coloquei no colo. No banco de trás do táxi.
- WHAT? ARE YOU LOST YOUR MIND?
- AHN? I SAVE HER LIFE!
- NO, YOU DON'T. EVERBODY KNOWS: DO NOT TOUCH THE BODY! NEVER!
- Eu posso saber porque toda essa gritaria? - o médico negro que o havia atendido estava parado ao seu lado novamente.
- Oh, sorry Dr. Burke...eu só estava lembrando ao mocinho aqui que não se deve mexer no corpo quando há acidentes e sim chamar a ambulância.
- Izzie, leve a garota para os exames e depois volte e preencha toda a papelada...e quanto a você - ele virou-se para Terrence, o encarando com certa autoridade - Nunca mais faça isso, ok? Você teve sorte dela não estar gravemente ferida...
- I'm sorry FOR SAVE HER LIFE.
O médico o ignorou, entregou uma prancheta à interna e sumiu novamente de vista, entrando no elevador.
- Right - a loira respirou fundo e olhou para o garoto - Você precisa preencher isso...só as 2 primeiras folhas. Você pode esperar na recepção e assim que tivermos notícias eu vou lá.
- Oh... - hesitou por alguns segundos. E se tivesse que passar a noite toda ali? Além do mais, nem conhecia a garota. Provavelmente o hospital iria contactar algum familiar e tudo ficaria bem - vocês já tentaram falar com a família?
- Nós nem sabemos o nome PORQUE ALGUÉM BURLOU O SISTEMA E ENTROU SEM PREENCHER A FICHA.
- Again this shit? She is bleading, for god sake!
- Just tell me her name - setenciou, encerrando o assunto.
- Alice - ele fitou a identidade, verificando o sobrenome - Alice Weller.
- Eu vou mandar contactarem a familia, enquanto isso, fichas e recepção.
- Ok...
E com a papelada em mãos, ele sentou-se na cadeirinha desconfortável da sala de espera, sob o olhar da enfermeira carrancuda. Com os documentos preencheu o máximo que conseguiu e entregou a prancheta a enfermeira.
Encarou a máquina de café por alguns segundos, enfim se redendo. Encheu o primeiro copo e sentou-se novamente, fitando o relógio na parede a cada dois minutos.

A arrumação na mansão dos Byron foi bastante corrida, enfim com a ajuda dos presentes, as substancias ilícitas foram exterminadas, ou muito bem escondidas para o desprazer dos agentes que pareceram ter sido enganados. Assim que os paramédicos chegaram, eles deixaram claro pela expressão, que o garoto não estava nada bem, pelo menos não aparentava.
Natalie demonstrava certa expressão de medo, ela havia sido bastante próxima do jovem Morgan para não se sentir abalada pelas condições em que ele se encontrava, aliás, todos no local pareciam sentir medo pelo desenrolar daquela história, todos deveriam torcer para tudo terminar bem.
A paramédica Kim, uma das responsáveis por socorrer Dexter, logo tratou de saber seu nome, e ver se o garoto reagia, o que foi em vão, já que ele não retomou a consciência, foi logo posto em uma maca, e seria transportado para o Hospital da cidade.
- Does anyone wants to go with him? - pergunta Kim, correndo o olhar pelos presentes, na espera de alguma resposta.
-I will ... - se oferece Natalie. Ela abraça Samantha, que esteve a acalmando durante todo o tempo, toca na mão de Chuck, e se despede rapidamente dos outros presentes, seguindo assim com os paramédicos até a ambulância. Natalie se sentou no banco ao lado da maca dentro do carro, havia recebido ordens de não tocar em Dexter, para evitar qualquer tipo de burocracia. A ambulância saiu em seguida rapidamente em direção ao hospital com as sirenes ligadas.
Ela se martirizava, tentava dizer algumas palavras para ele desacordado, na esperança que pudesse a ouvir, ora perguntava a um dos paramédicos que estava ao lado da garota, tomando as providencias durante o percurso se ele iria sobreviver, ou se teria alguma seqüela, não conseguia se conter, começou a derramar algumas lágrimas, nunca havia estado em uma situação semelhante, sabia que tinha que esperar, mas a espera se tornava ainda mais dolorosa.
Assim que a ambulância parou, Natalie saiu seguindo os paramédicos que empurravam a maca com o corpo de Dexter pelos corredores, alguns enfermeiros se amontoaram, a prestar socorro, logo chamaram algum médico que estaria atendendo na emergência, e o levaram para uma sala, passando por duas portas que se fecharam em seguida, a garota havia sido barrada por um dos enfermeiros, não poderia prosseguir acompanhando o garoto, ela se se encostou à parede mais próxima e deslizou, se sentando em seguida no chão, abraçando as próprias pernas, seus lábios tremiam, e não conseguia conter as lágrimas, ele estava mesmo em um grave estado, ou pelo menos era o que aparentava, lá ela ficou na espera, torcendo para que os médicos responsáveis fossem logo conversar com ela.

Suas mãos estavam cobertas de sangue. Tentou entrar na ambulância pra acompanhar Dexter até o hospital, mas não permitiram. Andava de um lado para o outro pensando em como pôde ter deixado sua fúria o dominar assim, Dexter pode morrer e a culpa foi dele. Rachel diz ao policial que a briga dele foi tentando ajudar o amigo. Isso tira os tiras da cola dele por enquanto.
– Justin...what should we do now? — perguntou ela preocupada ao rapaz que a olhava de uma maneira vazia, como se não a estivesse vendo de modo algum.
Ele olha pra Rachel — Tenho que ir rapidamente até o hospital!
Ele se levanta e sai correndo pra fora da mansão. Ele pedia a Deus que tudo estivesse bem, e que um táxi passasse por ali o mais rápido possível.
Não deu minutos sua prece foi atendida. Pegou o táxi: — Bellevue Hospital go go!

Ao chegar foi à recepção — Please, where is Dexter Morgan?
– And who are you?
– His brother!
– Sorry but you have wait til the doctor advise something.
– Ok, but how is he?
– I don't know, you must wait.
Justin se dirige ao banco de espera no corredor. Nem percebeu a presença de Natalie. Sentou-se, cobriu o rosto com as mãos apoiando os braços sobre os joelhos.
It was my fault... my fault. — Se lamentava — Please Dexter don't die.

O tempo foi se passando, e Natalie ficando cada vez mais desconfortável ali, seja lá o que estavam fazendo com Dexter, ela não tinha que ficar ali, poderia dar uma volta, talvez um café que eles comunicariam para ela assim que pudessem sobre o estado do garoto. Foi o que ela imaginou, logo resolveu andar, talvez alguns passos por entre aqueles corredores, queria falar com alguém, assim ela se levantou, suas costas estavam um pouco doloridas, ela respirou fundo e olhou para a frente, observando o corredor da emergência, havia um rapaz sentado, com a cabeça coberta pelas próprias mãos, era Justin.
Natalie foi caminhando em direção aos acentos que tinha ali no corredor, logo se sentou em um, esperando que Justin percebesse sua presença, mas esse nada fez.

- Como você está? – perguntou ela sem mostrar empolgação alguma. Sua voz estava meio chorosa. Não o recriminaria pelo ocorrido, ela sabe dos problemas que eles tinham ou tem um com o outro. O mesmo não respondeu. – espero que esteja bem. – fez uma pausa, talvez ele não quisesse mesmo conversar. – Ele vai ficar bem, tudo vai ficar bem. – terminou ela já se levantando. Esperava ter feito à coisa certa. Enquanto se levantava, ouviu-o responder.

- Obrigado Natalie. – o garoto respondeu já erguendo a cabeça e a olhando com um sorriso agradável de agradecimento. Ela voltou a se sentar, e ele escorou a cabeça na parede, olhando para a frente. – Eu não devia... foi minha culpa.

- Não sei o que houve, mas tudo vai ficar bem Justin. – a garota pensava antes de cada palavra, sabia que ele era o culpado, mas conhecia Justin e sabia que ele não teria a intenção de ferir Dexter.

A festinha na casa de Chuck com certeza alterou o estado emocional de muitos, Justin não estava nada bem, assim como Natalie tentava ser forte, mas na verdade estava assustada com tudo aquilo. A espera se tornava mais dolorosa a cada minuto que se passava.

-What do we got? – pergunta o medico Carter de plantão se aproximando da maca que entrava na emergência do Bellevue Hospital Center.
- Dexter Morgan, 16 anos, se envolveu numa briga, perdeu muito sangue, possível traumatismo craniano, inconsciente quando chegamos, pressão .... – continuava o paramédico Doc dando todas as informações para o medico e seus enfermeiros enquanto empurrava a maca já adentrando a sala Trauma 2.
-Você não pode entrar. - disse a enfermeira Abby a Natalie, barrando-a para que não entrasse na sala - Ele ficará bem, ok? – terminou ela entrando em seguida e fecha a porta deixando a garota do lado de fora.


- Excuse me? I’m detective Yokas. - dizia a detetive que se aproximava de Natalie e Justin na sala de espera.
- Hi, I’m Natalie, this is Justin. – disse a garota se apresentando.
- Nice to meet you two. Bem, nós temos um procedimento na policia, e precisamos colher mais informações sobre esse tipo de caso. – a detetive se senta ao lado da garota e começa a fazer suas perguntas - Tem algo que vocês se lembrem que possam nos ajudar com a investigação?
- Ann... eu cheguei na sala e encontrei ele já caído. - Natalie pára por um instante, tentando se lembrar de algo. - Estava tudo muito confuso, muitas pessoas, não sei se isso vai ajudar.
- It’s ok. – a detetive termina de fazer suas anotações no bloquinho, e se vira para Justin e faz a mesma pergunta para ele – e você?

O rapaz que já assustado, ficou apavorado. Mil coisas surgiram em sua mente. Pensou em varias maneiras de dizem que era o culpado de tudo, assumir que foi ele que agrediu o amigo, mas pensou em Rachel também. A garota tinha mentido para policia para defende-lo, e aquilo teve um grande impacto para ele. Sua culpa era muita, mas o medo de magoar Rachel e ter seu sonho com o futebol arruinado o fizera querer mentir também. Mas antes que ele pudesse dizer algo, a enfermeira que procurava pela garota que veio com o paciente, e a encontra na sala de espera. Natalie e Justin levantam a cabeça apreensivos com a noticia e depois se sentem aliviados ao ouvir o que ela disse..- Seu amigo vai ficar bem. Querem vê-lo? – pergunta Abby.


Os três vão seguindo a enfermeira até o quarto que o garoto agora estava. Com bandagens na cabeça e curativos nas feridas da briga no rosto, ligado a uma bolsa de sangue de um lado e ao soro do outro e ao medidor de pressão no dedo indicador da mão esquerda, Dexter descansava, ainda inconsciente.
- Hi I’m Dr. Carter. Vocês são amigos dele não é? Não se preocupem, Dexter teve sorte. – dizia o medico sorrindo checando a ficha medica do garoto.
- Mas o que ele teve doutor? – perguntou a detetive Yokas o medico Carter.
- Seu ferimento na cabeça foi um corte grande e profundo. Ele levou vários pontos, mas os exames mostraram que ele não teve hemorragia nenhuma hemorragia interna nem fraturas. Ele ainda está inconsciente devido a grande perda de sangue. – termina Carter de dar o diagnostico do rapaz para a detetive que fazia as anotações.

Seus amigos se aproximam dele enquanto a detetive e o medico conversavam.
- Quando ele vai acordar? – perguntou Natalie um pouco aliviada.
- Pode levar algumas horas, ou um dia, isso depende da força de vontade dele. – diz o medico
- Pode haver algum tipo de seqüela? – pergunta Justin ainda preocupado.
- Não sabemos ainda. Só quando ele acordar. Talvez aconteça uma perda de memória. O que significa que ele pode não lembrar sobre o momento da briga, ou até tudo que aconteceu no dia até a noite do dia anterior. - diz Carter até receber um chamado no seu Pager. –tenho que ir, qualquer coisa, falem com a enfermeira Abby que ficará cuidando dele.
- Thanks doctor Carter. – agradece Natalie.
- Voltarei quando ele acordar para pegar o depoimento dele. – disse a detetive. – qualquer coisa me chamem. – disse ela deixando o quarto.
A enfermeira Abby ainda ficara ali, checando a bolsa de soro.
- Vocês avisaram algum familiar dele? – pergunta ela.
- Ah, não. Mas eu tenho o telefone da casa dele aqui. – diz Natalie pegando o numero no seu celular.
- ok, dê o numero para mim, que eu deixo na recepção. Lá a secretaria ligará.
Natalie dá o numero e a enfermeira se encaminha para a porta do quarto.
- Vocês podem falar com ele, tenho certeza de que ele pode os ouvir. – disse ela
- Thank you. – agradece Natalie.
Abby assentiu com a cabeça, deu um sorriso e deixa o quarto, deixando os dois jovens ali selando pelo amigo...



Doctor Carter
Nurse Abby

Spoiler:

Detective Yokas

Spoiler:

[sujeito a alterações]

Após ficar um tempo ali com Dexter, o tempo corria. Já passava das oito da manhã quando uma enfermeira entrou pra anotar as condições do rapaz. Natalie dormia num sofá do lado de dentro do quarto, já Justin ficou no banco de espera do lado de fora.
Ele desperta, se levanta e olha pelo visor da porta. Vê que Natalie estava ali a noite toda. Talvez Dexter seja mais importante pra ela do que ela mesma podia pensar.
Justin entra no quarto, e com um toque no braço de Natalie, a desperta.
– Natalie, eu vou pra casa. Você tem meu número, qualquer coisa me liga por favor.
Ela assente com a cabeça e Justin vai pra casa. Seu pai não tinha a mínima idéia sobre o que havia ocorrido, precisava de conversar com ele, sempre tinha os melhores conselhos. Se bem que depois dessa não sabia se receberia conselho ou castigo.
Assim que saiu do hosital viu o pai de Dexter juntamente com sua madrasta entrando pelas portas do Bellevue. Seus olhares desdenham Justin.
Ele toma um táxi rumo à West Side.

- Hello Stranger - a voz rouca e fraca despertou o garoto que cohilava. Alice mantinha os olhos semi-cerrados, que fitavam o garoto adormecido na poltrona ao lado.

Remexeu as pálpebras quando ouviu a voz. Ergueu uma sobrancelha encarando a garota. - Ah... Então você acordou. - Arqueou as costas no encosto da poltrona. - E como se sente?

A garota sentou-se, fitando o próprio corpo e o quarto, tentando se lembrar da última coisa que havia feito. E a imagem era dela com um lindo biquíni carmim tomando sol numa bela praia californiana, enquanto dois surfistas tentavam a convencer de um encontro.
- Eu me sentiria melhor sabendo o que aconteceu - abriu um sorrido falhado, começando a tirar os eletrodos colados ao peito.

Captou a expressão que ela fazia enquanto seus olhos percorriam o seu corpo. - Hey, vai com calma. Para alguém que foi atropelada, você está com muita pressa de sair, hu? - moveu a sobrancelha. Levantou-se da poltrona e caminhou parando ao lado da cama. - Não me disse ainda, como se sente?
l
- Eu estou bem - respondeu, removendo agora o último fio e fitando o garoto - e quem diabos é você? Meu pai? - soltou uma risada desdenhosa, provocando o bonitinho que parecia preocupado.

Assentiu com o rosto satisfeito ao ouvir a resposta. Meneou o rosto, com a sombra de um sorriso no canto da boca. - Sim, sou seu pai. E por isso, estou te levando pra casa... Agora. - deu ênfase a última palavra, mostrando um sorriso.

- Right - desceu da cama, tocando os pés no chão gelado - we have to get away, i hate hospitals - caminhou até a porta, espiando lá fora, esquecendo-se da camisola hospitalar que usava, deixando a parte traseira do corpo toda a mostra.

Ficou postado ao lado da cama, limitando a observar aquela cena. Ver a garota esquecendo de seu "figurino" provocou um risada silenciosa. Provavelmente o acidente tinha causado sérios problemas na cabeça dela. Caminhou para a porta, parando atrás dela e como se as nádegas fossem buzinas apertou com os dedos. - Fon-fon. Sai da frente... O sinal se encontra vermelho. - passou ela para trás de si, exibindo um sorriso divertido para ela. - Fique aqui, consiguirei algo para vestir. Ok? - olhou por cima do ombro, esperando um olhar confirmativo dela.

Mas tudo o que recebeu foi um tapa servido no rosto. Alice estava totalmente vermelha, parecia aborrecida com a atitude, mas no fundo estava achando graça.
- NEVER TOUCH MY BUT, ASSHOLE!

- No way! Não vou ficar aqui sozinha!

- O.k. Antes vamos... - retirou o paletó e pôs sobre os ombros dela. - Esconder a paisagem.

Ficaram a espreita, observando o trânsito que discorria naquele lado do corredor. De um lado havia apenas uma mulher, talvez uma enfermeira e do outro estava completamente livre. Era hora de agir! Terrence saiu primeiro, verificando. Em seguida Alice ao receber o comando de "tudo está limpo" ficou na ponta dos pés e começou a caminhar para fora do quarto. Ambos começaram a caminhar, os olhos atentos, os passos silenciosos. Quando ouviram passos e vozes vindo em sua direção, sobressaltaram e toda aquela calmaria sumiu. Primeiro Terrence foi para o lado oposto, enquanto Alice seguiu para o outro.

- O que pensa que está fazendo? - abrindo um sorriso nervoso.

- Ahn... Well... Pensava em... Fugir?

Meneou o rosto em reprovação. Se eles tinham que fugir, não seria por ali. Agarrou a mão da garota e começou a correr pelo o corredor, parando no primeira porta que viu. Não havia muitas alternativas. Ou era arriscar e descobrir se aquela porta estava aberta, ou era ser pego no flagra. Por sorte a porta estava aberta. Ele empurrou a menina para dentro fechando a porta atrás de si. Ficaram um segundo em silêncio, se olhando no local de pouca luz. Como se tivesse sido contado uma piada, começaram a rir.

- Shhh... Eles vão nos ouvir. - o dedo dele repousou nos lábios dela a fazendo silenciar.

Fizeram silêncio. Ainda estavam rindo, mas baixo. Aquilo tudo estava sendo muito engraçado. Depois de ter certeza de que não estavam mais em perigo, Terrence vasculhou o lugar que estavam e encontrou pendurado num cabide um jaleco. Enquato Alice espiava por uma fresta da porta, Terrence vestia o jaleco.

- Queira me acompanhar senhorita Weller. - chamou a atenção dela, passando as mãos pela gola do jaleco.

Um sorriso maquiavélico iluminou o rosto da menina, com certeza ela havia entendido a idéia do rapaz. Deixaram o local logo em seguida. Caminhavam com pressa pelo corredor, quase que correndo em direção ao elevador. Quando menos esperavam um grupo de doutores vinha na direção.

- Está se sentindo melhor, senhorita Weller? - abriu um sorriso, mexendo as sobrancelhas.

- Oh... Yeah, I'm fine doctor. - ela sorriu de volta, participando do pequeno teatro.

Quando o grupo de médicos sumiram de vista, eles voltaram a correr de mãos dadas e rindo vitoriosos. Pegaram o elevador descendo no saguão. Já estavam perto de sair, só tinha que passar pela recepção. Esbarraram em algumas pessoas enquanto corriam, quase tropeçando nas próprias pernas.

- Hey... Vocês dois aí! PAREM! SEGUREM ELES! - a mulher que atendera Terrence quando chegou no hospital berrava com eles atraindo a atenção dos seguranças.

- FUCK YOU BITCH! - disseram uníssono ganhando a saída, gargalhando.

Eles viram os seguranças vindo atrás deles. Terrence viu um táxi parado, já para pegar um passageiro. Olhou para trás e de volta para o táxi. E foi pernas pra quem te quero! Os seguranças já estavam os alcançando. Terrence empurrou o cara que ia entrar no táxi e enfiou a menina lá dentro. Alice gritou com o taxista o mandando dirigir. E pela janela os dois mandaram dedo para os seguranças que ficavam para trás.

Apesar de Dexter ainda parecer um quase morto, Natalie já se sentia melhor, de certa forma, já que estava cansada daquilo tudo. Era bom saber que ele estava se recuperando e acordaria rápido, assim ela não precisava bancar a enfermeira por muito mais tempo, não que ela não gostasse, afinal, estava ao lado do garoto, olhando por ele. Eles já não se falavam a um longo período, mas sempre existiu um carinho entre eles, ao certo que da parte dela sim.
Justin já se via cansado, e resolveu ir embora, talvez já tivesse se conformado que tudo aparentava ter melhorado. A garota também estava cansada, mas agora era só uma questão de tempo, para sair dali e esquecer aquilo tudo. Ela estava encostada em uma poltrona, os olhos continuavam fechados, ela revia todos os momentos que passou em NY, onde muitos deles incluíam a ‘boa fase’ do garoto, que aos poucos foi se revelando um bad boy.
A porta do quarto se abriu, e Natalie abriu os olhos assustada, lá estavam duas figuras adentrando o quarto, se mostrando bastante afetados com a situação.
- Oh my god! – sussurrou a garota enquanto se levantava da poltrona. - Mr. Morgan?! Hi! – cumprimentou ela tentando ser empolgante, e esperando que ele não esperasse que ela fosse dar alguma explicação.
O pai de Dexter disse alguma coisa, que ela não captou muito bem, não queria continuar ali com aqueles dois, ela sabia de alguns dos problemas daquela família.
- Eu... an... – ela pausou, e abriu um sorriso forçado, era claro que nenhum deles estavam confortáveis com a situação. – Eu tenho que ir. – ela se dirigiu até o garoto, e tocou na mão do mesmo, saindo em seguida dali, sem mais nenhuma palavra.
Talvez Natalie se sentisse desconfortável demais quando o assunto envolvia Dexter, ela logo resolveu ir embora dali, estava feliz em saber que não havia mais perigo, e seria melhor se o garoto não a visse por ali.