Starbuck’s Coffee

Sabe quando você simplesmente se sente tão acoado e tão acanhado que não sabe como agir? Bom, era por aí, ela sentia que estava no lugar errado e na hora errada? Pois então, foi assim que se sentia estando ali com os dois. Provavelmente eles tinham bastante a conversar só que um com o outro e ela estava sobrando ali, isso estava estampado. Se perguntava mentalmente por que simplesmente não ia? Era só levantar e ir embora, não devia ser tão difícil! Mas enfim, as regras da boa educação, tinha que pelo menos manter um diálogo por alguns momentos. As perguntas eram feitas e a garota ia respondendo, da forma mais direta que podia, se continha um pouco para manter o nervosismo e era uma batalha interna das mais duras para não deixar as mãos tremerem quando tomava seu capuccino. Vinha a pergunta sobre Dalton e ela tinha deixado a xícara novamente sobre a mesa e ficava olhando o líquido enquanto ia respondendo a dúvida do rapaz.

- Ah... isso, Dalton. Depois das férias eu ingresso na escola, já fiz as provas na minha antiga escola então, me livrei dessa parte. - Ela não olhava nenhum dos dois, mirava somente o líquido, vendo sua imagem nele, deixando assim que eles conversassem, ela se sentia meio deslocada entre os dois ali.

Novamente ela se perguntava o que fazia ali com os dois e via o quanto estava por fora daquele assunto quando finalmente chegavam a pergunta sobre andar a noite ela nem ao menos tinha resposta, mas bem, poderia tentar se explicar.

- A minha primeira noite por aqui será hoje, então, acredito que sairei para jantar com minha tia e dar uma volta, nada demais. - Soaria um tanto idiota para jovens que normalmente querem distância de seus responsáveis e baladas, para ela era como fugir da antiga vida que tinha em busca de... redenção. Ela novamente pegou a xícara entre as mãos e bebeu o líquido agora um pouco mais apressada, se levantando. - Bom... eu tenho que ir. Foi um prazer conhecê-los, Sarah, Troy. Espero que tenham uma ótima noite. - Ela dizia um tanto apressada, se levantando da cadeira para deixar o local, não estava acostumada a se sentir tão por fora de tudo e isso a incomodava, profundamente.

Encontrou a garçonete que tinha atendido a ela no meio do caminho e deixava com ela o dinheiro do capuccino e uma gorjeta muito boa, seguindo de cabeça baixa para a saída do local, queria deixar aqueles poucos momentos para trás, tirar a sensação de que era um cordeirinho em meio a dois leões. Passou as mãos no rosto quando passou pela porta e ficou parada alguns instantes, voltando a si somente quando um homem esbarrava nela.

- Saí do meio do caminho garota! - Dizia ele com a voz irritada.
- Desculpa, desculpa. - Ela tentava emendar logo, a voz chegava a quase ser chorosa.

Seguia andando e por muita sorte tinha um táxi parado que ela entrou rapidamente, a cabeça baixa, os lábios torcendo de lado demonstrando seu nervosismo. Se sentia uma idiota, uma completa idiota, ali seria pior do que Reno, talvez ir para Manhattan não tivesse sido uma idéia tão boa afinal. Olhava pela janela enquanto a Starbucks ficava para trás, as mãos apertando o sobretudo até que o lugar saía de seu campo de visão e ela baixava os olhos, murmurando a si mesma.

- Podia ser mais fácil... podia ter sido bem mais fácil...

Se tem uma coisa que Troy apreciava na mesma equalização de um sexo matinal bem feito era constrangimento de mulheres falso timidas. Não era preciso ter PhD em sacanagem para saber e perceber que a tal Littrell era um vulcão mantido em torpor. Sorriu com cada carinha de timida que ela fez naquela mesa. Deliciou-se com cada expressão de "oh Deus.. o que eu estou fazendo aqui, padre!?" Que a garota pudesse fazer. E ainda se divertia com a situação montada por Sarah. Ela não fazia questão alguma de ser agradável. Talvez quisesse mostrar para a tal Littrell que o lugar tem dona. Sarah, a gangster da cidade. Descobriu que ainda há fogo por baixo de toda a fumaça que emerge entre as pernas da loira. Mas não era momento de dar a ela um pouco mais de bisckrock. Talvez um outro dia. Ela queria a chave da cobertura do NY... pq não deixar o card de acesso liberado para ela qualquer dia, pra uma noite com jantares regados a queijos e vinhos ou quem sabe um bom fondue que pode acabar em uma foda bem dada. Sarah não é de se jogar fora.. E alguem é para Troy? Sim.. vamos lá.. ele é seletivo. Apenas os melhores frascos, as melhores embalagens e principalmente os melhores sabores. A tal Littrell não demorou-se muito tempo, ele se perguntava se resolvesse atracar-se com beijos umidos e mãos bobas com Sarah se ela não entraria pelo chão... restraída.. apostaria o quarto da cobertura por uma noite num albergue que ela é uma vadia na cama. A maioria das mulheres santinhas demais são assim. "Oh..não..não me toque" "não.. não quero fazer isso" "não.. eu não engulo!" Mas na hora em que se encontram sozinhas entre quatro paredes todo o discurso muda inteiramente. "mais.. mais..mais.." Ele poderia ver a figura de Kelly gemendo e suando de extase sobre ele num quarto de hotel vagabundo.. e ria-se dos pensamentos. Deixava um beijo nos labios de Sarah, provocando com mordiscares, e se afastava.. deixando a loira na vontade do segundo beijo.. e da chave da cobertura. Os latidos de Seth dentro da cobertura avisavam que suas coisas estavam todas entregues.. abriu a porta com o card de acesso.
- Luzes..
As luzes acendiam-se imediatamente
- Mezzo..
A tonalidade clara caia para um tom de ambar. Ele seguia para a varanda deixando o lap sobre a mesa. O Husky a seguir com ele. Passava pela piscina iluminada com o desenho do coelho da playboy no fundo, a cascata que caia e parava olhando a cidade ali de seu mirante particular. Retirando um cigarro e acendendo em seguida.
- Okey Manhathan.. dizem que o bom filho.. a casa torna.. e o mau?
Sorria enquanto caminhava para o quarto. Os frascos com os comprimidos estavam ali. um ou dois.. e de volta para casa, Alice.

Ele sorriu com a resposta dada por Sarah e roubou um beijo da garota, se afastando logo em seguida para completar:
- é o seu lado mais gostoso cherriè.. – Troy piscou para ela, deixando o dinheiro da conta na mesa - Eu vou estar no NY Palace.. na cobertura.. vai querer a chave desta vez
-Você quer mesmo que eu responda essa pergunta?è claro que sim. –Ela ficou na ponta dos pés e deu outro beijo nele. Ele sorriu por entre o beijo e se afastou dela.
- está indo com muita sede ao pote.. - Disse provocativo. Rapidamente, ele juntou todas as suas coisas e estava pronto para deixar o local quando se virou para ela e disse: - sobre a chave.. eu tava brincando.. ou não.
Ele piscou mais uma vez antes de deixar o cartão de acesso sobre a mesa onde ela estava sentada sozinha.
- au revoir mon ange..
Sarah suspirou derrotada e pegou a bolsa em cima da mesa, agora ela lembrava muito bem o motivo para ela ter largado Troy. Ele era muito confuso, sempre foi, e o que ela menos precisava agora era de mais uma confusão na sua vida.
Olhou para o em seu pulso e percebeu que era quase hora de ir a Dalton, pegou a bolsa e saiu da cafeteria em direção a rua. Era melhor mesmo esquecer a volta de T. e concentrar-se nos estudos agora.

Manhattan acordava cedo. Às nove e meia, a cidade já estava com um fluxo grande de pessoas indo e vindo. O trânsito pretendia crescer ainda mais. Era uma manhã fria, típica daquele tempo naquela época do ano. O Sol aquecia porcamente, apenas trazendo um calor superficial e distante. Um tempo rigoroso e impetuoso, onde um bom agasalho jamais devia ser negado. Um táxi parava entre o encontro de uma rua e outra, e do outro lado da pista se podia ver perfeitamente a cafeteria Starbucks, onde era possível ter certeza que estava formigando de pessoas já àquela hora.
Houve uma demora para que a pessoa, até então oculta dentro do carro, se revelasse. A porta traseira do táxi fora aberta, e a imagem de Terrence era posta à mostra quando o mesmo abandonava o veículo, após dar dinheiro ao motorista o equivalente a corrida feita. O garoto destoava aquele cenário que Manhattan envolvia a todos. Envergava um traje preto e social-despojado: uma camisa social com as mangas abertas no pulso, a gola salientada ao ficar levantada protegendo o pescoço e os três primeiros botões abertos, expondo com um quê de charme um pedacinho do pecado que Terrence era, não deixando antever mais do que a pele clara e saudável, os pés eram calçados por sapatos luxuosos. Os cabelos, outrora maiores e emaranhados, estavam em um corte jovial e charmoso, onde os fios negros de um brilho metálico como de um gato preto eram jogados para trás e mantidos fixos naquela posição Uma por uso de algum produto, como gel para cabelos. Os olhos de Terrence, de um azul celestial e penetrante, acompanharam de soslaio o táxi que seguia rua afora. Finalmente esatava em casa e era definitivamente. O rapaz tragou aquele ar de Manhattan como um poeta apaixonado, deixando que o ar embriagasse suas narinas e enchesse seus pulmões trazendo antigas recordações. Como sentia saudades daquele lugar. Maldito foram os seis meses que os seus pais o obrigaram passar fora daquela cidade. Mas não podia contrariar a decisão deles, na pior das hipóteses, poderia ter sido enviado para uma reabilitação fechada e ter que ir para França de repente, pareceu uma escolha bem mais sábia. Os primeiros passos que se atreveu a dar foi na direção da cafeteria. Caminhava tranquilamente pela calçada, observando com total displiscência as pessoas que passavam ao seu lado. Alguém o reconheceria? Lembraria do seu rosto? Tocaria o seu ombro e falaria: ei, você não é aluno do colégio Dalton? Ou então: Terrence, seu filho da puta, estava aonde esse tempo todo? Ou tavlez, ninguém se lembraria de quem era Terrence Lancaster. Mas era uma idéia que subestimava todas as loucuras que já havia cometido. Quem não se lembraria dos feitos do garoto troublemaker? O garoto tinha fama e status, era reconhecido por bem ou por mal.
Um esboço de sorriso delineava os lábios do jovem moreno ao ver que vinha na sua direção uma garota de cabelos loiros e de um corpo atentador.

- Uh-la-la... Manhattan, pelo visto você tem muito o que me apresentar ainda e, me impressionar. - o comentário que ele fazia enquanto olhava para a garota era preenchido por uma ambiguidade maliciosa. Aparentemente, Lancaster não havia mudado em nada, continuava sendo um predador que jamais perdia a oportunidade de capturar uma presa. Terrence aproveitava que no exato momento estava passando ao lado de uma pequena loja de flores e simplesmente arrancava uma rosa de um ramo e então prosseguiu sua caminhada rumo ao seu alvo. Lancaster interrompia a garota, postando-se à sua frente com sutileza, erguendo a rosa em direção à ela.

- Sei que esta rosa jamais poderá ser comparada com sua beleza. Mas encontro nesta rosa o que me faz lembrar de você dias após dias. Sua delicadeza, sua fragilidade sedutora e o seu perfume que não deixa sua imagem fugir de meus sonhos. - as palavras que ele pronunciavam saiam com esquícios de nuances de sutileza que muito bem poderia ser confundido com sensualidade por sua voz baixa e rouca. A garota ficou com as maçãs da face rubras rapidamente e abriu um sorrisinho tímido e ao mesmo tempo convidativo. Terrence entregou a rosa para a menina e despejou um beijo fresco e demorado próximo a curvinha dos lábios. O moreno tinha o dom da lábia para encantar os ouvidos femininos. Era um conquistador nato, um verdadeiro Don Juan e que jamais desperdiçava a chance de aumentar a sua coleção de garotas. O tempo corria e os dois continuavam parados no meio da calçada, enquanto Terrence enchia a garota com suas palavras galanteadoras. A garota correspondia a todas investidas do moreno. Uma presa fácil. Das que o rapaz estava acostumado a levar como um troféu qualquer a se colecionar na prateleira. Um pouco mais de papo e não fora nada difícil levá-la ao apartamento; muito bem decorado, amplo e sofisticado. Vinho naquela hora da manhã não caía bem, mas um quente e estimulante irish coffee feito com bastante whisky era o suficiente para iniciar o que a manhã aguardava. Os dois passaram algumas horas bebendo, conversando e se paquerando. Os ponteiros se aproximavam do meio-dia. E nada melhor para uma fêmea mostrar que possuía algum dote na cozinha, mais um ponto para o jovem galã, sem dúvida. Ela ficaria responsável pelo o almoço de ambos. E adivinhe só qual seria a responsabilidade de Terrence naquilo? Preparar o prato principal: a sobremesa. O que Terrence tinha em mente para servir de sobremesa para eles degustarem? Melhor dizendo. A sobremesa já estava posta a mesa junto com ele, só bastava retirar algumas peças e de roupas e voilà, se deliciar.

Allison adormeceu perto das 7 da manhã acordando ás 12:00.
Não conseguiu dormir mais por isso saiu fora da cama e foi tomar um duche. Vestiu umas jeans velhas e uma camisola azul. Prendeu o cabelo, pegou nos livros que ficaram em cima da cama da noite anterior ,atirou-os para dentro da bolsa e saiu de casa.
Era domingo então ia até ao Starbuck’s Coffee estudar um pouco.Não lhe apetecia estar em casa.
Apanhou um táxi e não demorou muito a chegar.
Entrou e sentou-se numa mesa que ficava perto da janela.
Pediu um cappuccino e recomeçou o seu estudo.Passado um pouco decidiu ligar para Anne.Tinha saudades da amiga.
-Hey!
-Ally!-gritou Anne.
-Calma não é preciso gritar!-disse,rindo.
-Saudades amiga.Te mandei uma sms você viu?
-Vi só que faltei ás aulas nesse dia. Sorry.
-Sem problemas.E então já estudou para as provas?
-Tou estudando no momento e estudei durante a semana.
-Ah ta bom. Ally vou ter de desligar. Tou aqui enrolada com um texto de inglês.Beijos depois nos falamos.
-Bye.
Desligou o telemovel e voltou-se a concentrar no problema de quimica.

Depois do episódio ocorrido na mansão dos Byron, ele recolheu suas coisas com calma, vestiu sua jaqueta e se mandou da cena logo depois da saída dos paramédicos e da polícia, mas não antes de ter certeza que CB ficaria bem, aquele fim não tinha sido planejado por Chuck, ele estava em choque. Entrou na Starbuck’s algum tempo depois, o lugar parecia ter sido aberto a pouco, mesmo assim ainda não estava entupida por workhaloics a caminho do trabalho, sem perder mais tempo com isso foi até o balcão e pediu algo forte para curar ressaca:

- Um espresso, por favor.

Recebeu o seu pedido, deu um sorriso automático à atendente e saiu da loja, havia decidido andar um pouco, ele se arrependeu da idéia alguns minutos depois de deixar o calor humano da cafeteria, o vento estava cortante. Mesmo assim continuou andando sem se importar para onde, esperava por alguma SMS ou coisa do tipo, se não, iria para casa.

1290, 6th Ave, Upper West Side Please. – Disse a jovem assim que entrou no táxi, não demorou muito estava na porta da Starbuck’s, pagou o motorista e entrou na cafeteria, sentou-se olhou o menu e pediu.

Um croissant e um moccacino. - entregou o menu à garçonete e pegou o celular, tinha recebido duas mensagens, ambas da Gossip Girl. A 1ª tinha o endereço de Chuck Byron e avisava da festa que ele tinha dado na noite anterior, fazia também um breve comentário do barraco durante o chá. A 2ª falava da briga entre Justin e Dexter, mas não trazia a história completa, o jeito era chegar em casa e checar tudo no blog da GG.

- Shit.. WTF, o que aconteceu como Dex. –A garota exclamou mais alto do que devia. Algumas pessoas que estavam no café olharam para ela, meio sem graça ela colocou o celular de volta na bolsa e tomou um gole do café que tinha acabado de lhe ser servido.
Queria estar em casa, tomar um bom banho, e checar as novidades, mas estava preocupada, afinal poderia ser castigada por ter demorado tanto na casa da tal “amiga”.

Vinha descobrindo em Kelly uma amiga engraçada e divertida, apesar de lá no fundo desejar que ela fosse um pouco mais que uma amiga. Dirigia sem pressa para a Starbucks, apenas curtindo a conversa e a música que tocava durante o trajeto. Por vezes olhava a garota com o canto dos olhos, esboçando um sorriso por nenhum motivo aparente. Quando estacionava o carro em frente a cafeteria, o sol já tinha desaparecido dando lugar às luzes da cidade, que ainda mantinham o caráter natalino. Ele ajudava a morena a sair do carro lhe oferecendo a mão e aproveitava o fato para entrar na Starbucks de mãos dadas com ela, os dedos entrelaçados. Empurrava a porta de vidro do lugar, que estava cheio por conta do friozinho e do clima aconchegante que era ali, e entrava com ela. Buscava por uma mesa vaga e a única que encontrava era de frente para um grupo de amigas que riam divertidas. Puxava a cadeira para Kelly se sentar e após acomodá-la, sentava na cadeira de frente.


- Obrigada Mike. - Ela se sentava e se acomodava na cadeira, cruzando as pernas e esfregando uma mão na outra, buscando aquecer as mesmas naquele momento. - Nossa, depois de sair do Aquarium que a gente vê o quanto está frio né?

- É. E eu não sei como é em Reno, mas a tendência é só piorar o frio por aqui. Dá uma preguiça imensa sair em janeiro por conta do frio. - O atendente vinha até eles e o garoto olhava para Kelly. - E o que vai querer, Kell?

- Um Frapuccino. - Ela dizia tranquilamente enquanto olhava o atendente e depois a Mike.

- Pode trazer dois, por favor, e também dois muffins de blueberry. - Olhava para Kelly, como se quisesse o consentimento dela.
  
- Dois muffins de blueberry, está perfeito. - Ela sorria a Mike, gostava daquele cuidado que ele tinha com ela.

O atendente anotava os pedidos, pedia licença ao casal e seguia até o balcão para providenciar tudo, parava no meio do caminho ao ouvir uma loira de sotaque castelhano o chamando.

A jovem tinha se divertido com a manhã que teve apesar dos pesares e, já que não tinha como nem providenciar um café em sua casa já que o tal bombeiro hidráulico amigo de Carlo estava lá consertando alguns problemas a garota decidia dar uma volta com duas amigas e não demorava a ligar a elas e todas decidiam ir pra Starbucks. Ela vestia uma roupa confortável e bem aquecida e foi ao encontro das garotas na Starbucks e quando chegou lá elas já a aguardavam sentadas. Se aproximou das amigas e as cumprimentou, se sentando com elas e começando a conversar e passava alguns minutinhos e a jovem via a morena de mais cedo acompanhada.

- Carajo! - Ela dizia em espanhol parecendo irritada ao ver a "rival" ali.
- Aconteceu algo Luli? - Dizia a ruiva que estava sentada ao lado dela, segurando a mão da loira.
- Não Daphne, mas creio que terei uma tarde um pouco mais divertida.

Ela sorria de um jeito maroto e ia observando o rapaz que entrava com a morena agora, seria ele o tal rapaz que Carlo disse? Bom, se fosse ele não tinha a menor cara de sequestrador ou nada do que diziam, por sinal, era bem gatinho. Logo depois que o atendente anotava os pedidos dos dois a loira o chamava com uma vozinha melódica, provocando a morena na outra mesa e atraindo assim a atenção de Mike.

- Um mocca, um frapuccino e um café expresso grande. - Ela dizia sorrindo ao atendente que parecia se derreter naquele instante. - Gracias.

Ela podia notar agora o rapaz que estava com a morena olhando na direção da mesa dela e sorria de canto, meio maliciosa, e aproveitando que a garota estava de costas ela acenava e piscava para o rapaz, mordendo o lábio inferior logo depois. As amigas da loira olhavam a cena e não podiam acreditar que ela flertava com o acompanhante da garota, segurando a risada.

E era impossível não notar a loira, que por sinal parecia fazer questão de provocá-lo. Por alguns segundos ficava com o olhar preso nela, como que encantado pela mulher. Ia entreabrir os lábios quando ela acenava e mandava o beijo, mas pigarreava e tossia, levando a mão fechada aos lábios, parecia ser uma mania que fazia quando ficava sem jeito. Tentava desprender a atenção da loira e voltar a exclusividade e atenção que dera para a morena durante todo o dia.

- Ahm... então... - Ele pigarreava uma vez mais. Reordenando os próprios pensamentos. - Do que a gente estava falando? - Uma coisa era certa, enrolar não era a praia do skatista de jeito nenhum.

A morena não era nenhum pouco boba, tinha notado que a sua vizinha querida e siliconada estava na mesa de trás deles e levando em consideração a cara de bobo que Mike fazia ela já imaginava qual era a razão, meneando em negativo. Quando ele ficava meio nervoso então antes de falar ela tinha certeza do que pensava e somente dizia um pouco seca.

- Pra falar a verdade, a gente não estava falando nada Mike. Enfim, como estão os gêmeos. - Ela tentava puxar algum assunto somente para não perder o dia por causa daquela garota.

- Estão ótimos, ainda empolgados com os presentes de natal e cada vez mais competitivos um com o outro. - Respondia, um tanto sem jeito por ter dado tanta atenção a loira peituda. E que peitos maravilhosos... que vontade de... Meneava o rosto em negativo mais uma vez, respirando fundo e tentando manter o foco na morena que também era maravilhosa.

Ele meneava em negativo e ela somente concordava com a cabeça, a garota parecia realmente mexer com a cabeça do skatista e ele não conseguia disfarçar, um dos problemas sobre ser transparente era aquele, transparência demais. Passou a mão nos cabelos e deu uma olhada por sobre o ombro, discretamente, podendo ver a loira ainda o encarando meio que na cara dura e era nesse momento que chegava o pedido deles.

- Acho que chegaram nossos pedidos. - Ela sorria e dava uma batidinha de palmas enquanto o garçom ia deixando os pedidos sobre a mesa.

- É, chegaram. - A expressão dele era de alívio. Precisava mesmo de alguma coisa que tirasse completamente a atenção dele da loira e agora parecia finalmente conseguir se concentrar no encontro com Kelly. Agradecendo ao garçom, mas a paz não durava muito tempo, a loira estava empenhada em tirá-lo do sério mesmo, era só ele voltar a atenção para a garota e a loira deixar a expressão ainda mais maliciosa e se aproveitando que o pedido da mesa delas também haviam chegado, tomava o capuccino e passava a língua pelo lábio superior para limpar um pouco do chantilly e o gesto da loira fazia com que ele voltasse a entreabrir os lábios, meio abobado.

Quando viu Mike com a cara de bobo a morena terminou o gole em sua bebida e parecia ligeiramente desapontada com ele, estava caindo no jogo daquela clone da Pamela Anderson latina e não conseguia nem ao menos disfarçar, deixando ela em uma situação bastante incomôda já que não era mais somente ela que notava. Deixou o copo com a bebida agora de lado e puxou Mike pela nuca o fazendo olhar a ela agora e respirou fundo e então selou os lábios dele em um beijo, fechando os olhos devagar e tombando a cabeça de lado para que pudesse levar a língua de encontro a dele e massageasse vagarosamente.

Ainda estava com aquela expressão meio abobada pelo mole que a gostosa estava dando pra ele. Era quando Kell se debruçava na mesa e o induzia a fitá-la, o que o skatista fazia sem pestenejar. Sentia pela segunda vez os lábios macios da morena se colando aos deles. Não demorava em ladear o rosto também para promover melhor o encaixe dos lábios e entreabrir os próprios, guiando a língua até a dela, misturando as salivas e tornando o beijo delicioso. Se ela estava fazendo aquilo para marcar território ele não ligava absolutamente. Guiava uma mão até a nuca dela também, seguindo até os fios negros e densos, acariciando em meio ao beijo. O coração chegava a bater mais forte de tão ansioso que estava para sentir aquele sabor desde que a beijara na casa dos avós dele. E se por algum momento a loira gostosa tomou conta da mente dele, tal poder que ela exercera sobre ele se dissipava completamente com o beijo da morena. Ao descolar os lábios dos dela, a fitava, deixando a mão escorregar dos cabelos até o rosto dela, afagando com as pontas dos dedos. O sorriso nascia nos lábios dele, avermelhados pelo beijo e sem desgrudar os olhos dos dela, murmurava.

- Tenho que confessar que sonhei muito com isso.

A garota sorria de canto com o que ele dizia após o beijo, os lábios tão vermelhos quanto os dele, parecendo agora fcar meio sem jeito com o que ele havia dito. - Melhor irmos embora daqui Mike, está ficando tarde. - Ela segurava a mão dele que passava em seu rosto e entrelaçava os dedos, sorrindo ainda, aparentemente mais tranquila agora.

- Tá, vamos. - Dizia, sem nem se importar por terem mal tocado nos pedidos que fizeram. Seguia com ela até o caixa e pagava a conta. Nem pensava em olhar para a loira, estava muito mais tentado em aproveitar a morena. Após pagar passava o braço ao redor da cintura dela e saía da cafeteria, seguindo para onde tinha parado o carro. Abria a porta para ela e oferecia a mão para que ela se acomodasse, dava a volta no carro, entrava e a olhava mais uma vez, se inclinava para beijar suavemente o rosto dela, aproveitando a proximidade para aspirar o perfume dela, encantado. Por fim partia dali em direção ao apartamento da tia dela.

O jogo que a argentina fazia era simples e muito eficaz, sabia bem usar as armas que tinha ao seu favor mas também sabia bem a hora de parar. Quando viu o beijo que Kelly deu em Mike ela não pareceu se frustrar, pelo contrário, sorriu, a morena tinha demonstrado estar um tanto quanto desesperada para tirar a atenção do rapaz dela, ou seja, ela poderia tornar aquele jogo ainda mais interessante futuramente agora que sabia que o namoradinho da vizinha não era tão difícil de ser fisgado. Virou-se agora na cadeira para as amigas e a outra loira de cabelos cacheados e mais cheinha lhe falava.

- É Luli, acho que dessa vez você não conseguiu. - A garota fazia uma expressão meio entristecida pela amiga.
- Claro que consegui Jen, olha bem. A garota o beijou somente porque se cansou dele me secando como estava. - Ela piscava o olho pra amiga com um sorriso maroto e dava mais um gole em sua bebida. - Te garanto que eu ainda fico com ele, na frente dela ainda.

As três garotas riram a mesa, aparentemente aquela disputa que tinha começado somente com o porteiro do prédio iria se estender para outros campos. Eles iam embora e a loira dessa vez não parecia ter ficado muito chateada, teria outras chances com o rapazinho. Passou mais algum tempo conversando e fazer um lanche com as amigas ali, como se nada tivesse acontecido para mais tarde voltar para o aconchego de sua casa.